VW antecipa na China SUV de R$ 150.000 e outro de R$ 300.000 para o Brasil
Tarek, que será produzido na Argentina, e versão cupê de cinco lugares do Atlas foram apresentados simultaneamente no Salão de Xangai
A Volkswagen estava falando sério quando prometeu iniciar uma ofensiva de SUVs para o mercado brasileiro. Além dos recém-lançados Tiguan e T-Cross, a marca prepara mais quatro novidades para o país.
Duas delas ficarão abaixo do T-Cross, como QUATRO RODAS antecipou.
Na faixa de R$ 120.000 a R$ 150.000, porém, sobra espaço abaixo do Tiguan, assim como (muito) acima dos R$ 200.000, já que a nova geração do Touareg ficou muito cara para ser viável no Brasil.
A solução será dupla. Entre o T-Cross e o Tiguan irá entrar o Tarek, chamado na China de Tharu.
Ele usa a mesma plataforma MQB dos irmãos acima e abaixo, mas será fabricado na Argentina – no lugar da linha da SpaceFox – como uma alternativa mais espaçosa ao T-Cross.
Irá ocupar o espaço da versão inicial do Tiguan 1.4, única a não dispor de sete lugares. Isso permitirá ao consumidor ter um carro ligeiramente menor que o Tiguan, mas mais equipado.
O Tarek manterá o 1.4 turbo flex de 150 cv aplicado em profusão na gama Volkswagen. O câmbio será sempre automático de seis marchas, com tração dianteira.
Assim como o Tiguan, o modelo oferece um amplo espaço interno, sobretudo no banco traseiro. O elevado túnel central, porém, deve ser rebaixado para o mercado nacional, assim como ocorreu com o T-Cross.
O porta-malas está longe da opulência dos 710 litros do Tiguan, mas oferece um volume adequado para o segmento, de 445 litros. Como referência o Jeep Compass, seu principal rival, tem 410 litros.
Luxo simplificado
No topo da gama será o Teramont X, nome chinês para a versão de produção do Atlas Cross Sport, que QUATRO RODAS inclusive já testou. O SUV cupê grande é feito, surpreendentemente, na mesma plataforma MQB dos companheiros.
Derivado do Atlas de sete lugares, porém com caimento acupezado do teto e cabine arquitetada para cinco passageiros, o grandalhão tem 2,98 m de entre-eixos.
O corpulento utilitário abusa das linhas retilíneas para impor um porte ainda maior. Como a arquitetura MQB impede o uso do motor longitudinal, o Atlas tem como alternativa mais potente o 3.6 V6 de 279 cv, com câmbio automático de 8 marchas.
Sobra conforto e equipamentos, com direito a teto-solar panorâmico, controlador de velocidade adaptativo e ar-condicionado digital de 3 zonas. Resta saber se ele trará o nome Atlas ou Teramont ao Brasil.
Para concorrer com os novos BMW X5 e Mercedes-Benz GLE, porém, a Volkswagen terá de posicionar o Teramont X (ou Atlas Cross Sport) abaixo dos rivais, na faixa dos R$ 200.000 a R$ 300.000.
Havia a expectativa de que o Tarek chegasse ao mercado no fim deste ano, mas o SUV argentino atrasou e só virá mesmo no ano que vem. Também está marcado para 2020 o lançamento do Teramont X.
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