Volkswagen Tera MPI: como é a versão de entrada que custa R$ 99.990
Versão mais barata simplifica acabamentos, mas mantém multimídia e itens de segurança, como frenagem automática e detector de fadiga

O Volkswagen Tera MPI tem missões muito bem definidas: fazer volume de vendas, seja para pessoas físicas ou frotas, e fisgar clientes de outros segmentos. Para isso, tem o conjunto mecânico e o acabamento mais simples da linha, mas sem deixar que se tenha o título de “versão básica”.
Configuração de entrada do novo SUV compacto, o Tera MPI parte de R$ 99.990. Mas este preço deverá durar pouco, já que será limitado às primeiras 999 unidades do modelo. Esgotados esses exemplares, o preço subirá para R$ 103.990.
No visual, pouco se revela que trata-se da versão de entrada do modelo. A dianteira mantém os faróis full led (sem acendimento automático), além de um friso cinza escuro brilhante na grade superior. A grade e os apliques inferiores são os mesmos das versões TSI e Comfort, sem apliques prateados ou em preto brilhante.

A traseira também é a mesma das duas versões superiores, mantendo para-choque e o friso em preto brilhante ligando as lanternas. Por falar nelas, também não mudam e permanecem com iluminação em led e efeito “click-clack”, com alternância entre as funções de lanterna e freio. A única diferença fica para a exclusão do logo “TSI”, já que a motorização é aspirada.
Fica na lateral a maior identificação do Tera MPI, que usa um conjunto de rodas e pneus mais simples. As rodas são de aço, de 15 polegadas, cobertas por calotas de desenho simplório até demais – o acabamento escurecido é de série, feito para disfarçar as dimensões reduzidas. Os pneus são 185/65, focados em silêncio e conforto de rodagem. Apesar disso, maçanetas e retrovisores são pintados na cor do carro e há rack de teto.

O interior do Tera MPI também passa por simplificações, especialmente no acabamento. É a única versão sem apliques de tecido nas portas e no painel, mas busca disfarçar com materiais de tons e texturas diferentes dos demais.
Os plásticos utilizados em outras regiões do painel e das portas, no entanto, é o mesmo das outras versões, e há apliques em preto brilhante, como próximo às maçanetas e às saídas de ar. Os bancos são revestidos de tecidos de boa qualidade, com porções superiores em cinza e o nome “Tera” estampado.

As telas elevam o modelo não apenas visualmente, mas também em conteúdo. O quadro de instrumentos digital de 8 polegadas é de série, assim como a central multimídia VW Play, a mesma das demais versões, de 10,1 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay. Porém, a multimídia não tem os serviços conectados da marca, como integração ao aplicativo e ao assistente virtual.
Entre os equipamentos, há ainda banco do motorista com ajuste de altura, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado convencional, direção elétrica, assistente de partida em rampas, sensores de estacionamento traseiros, controles de estabilidade e tração, portas USB do tipo C, vidros elétricos nas quatro porta e chave canivete.

Mas a lista tem itens mais tecnológicos e focados em segurança. Além do quadro de instrumentos digital e da central multimídia, há piloto automático, seis airbags, frenagem automática pós colisão, detector de fadiga (exclusivo do segmento), monitoramento de pressão dos pneus e frenagem automática de emergência.
O Tera leva bem pessoas de até 1,75 metro no banco traseiro – desde que o motorista não seja muito mais alto do que isso. Porém, quem vai atrás não tem disponíveis as portas USB vistas, por exemplo, na versão High.
O porta-malas tem 350 litros no padrão VDA (aquele cuja medição é mais próxima do real, feita por blocos) e 407 litros em valor teórico (onde se preenche o compartimento com líquido). O Fiat Pulse tem 370 litros em valor teórico, único padrão divulgado. Já o Renault Kardian, tem 410 litros.

Quanto à mecânica, o Tera MPI é o único com motor 1.0 aspirado de três cilindros com 84/77 cv de potência (etanol/gasolina) e 10,3/9,4 kgfm de torque (etanol/gasolina), e câmbio manual de cinco marchas. Ele também é o único equipado com freios traseiros a tambor. Nas versões MPI, o conjunto é formado por discos.
De acordo com a Volkswagen, o conjunto é suficiente para levar o SUV de 1.078 kg de 0 a 100 km/h em 14,3 segundos, com gasolina. Já o consumo, junto ao Inmetro, é de 13,2 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada, também com gasolina.
Ficha Técnica – Volkswagen Tera MPI
Motor: flex, dianteiro, transversal, 3 cilindros, 999 cm³, 84/77 cv (etanol/gasolina), 10,3/9,4 kgfm (etanol/gasolina)
Câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica, 10,8 m (diâmetro de giro)
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (dianteira), tambor (traseira)
Pneus: 185/65 R15
Dimensões: compr., 414,7 cm; larg., 198,6 cm; alt., 147,8 cm; entre-eixos, 256,6 cm; peso, 1.078 kg; porta-malas, 350/407 l; tanque, 49 l
Desempenho*: 0 a 100 km/h, 13,8/14,3 s (etanol/gasolina), velocidade máxima, 162/159 km/h (etanol/gasolina)