Alfa Romeo
A marca italiana pertencente à Fiat bem que tentou, mas nunca foi para frente no Brasil. Foram duas passadas por aqui. A primeira, de 1960 a 1986, rendeu a produção dos sedãs FNM JK e 2300, modelos com tecnologia à frente de seu tempo no país, e que ficaram na memória dos entusiastas.
Em 1991, com a liberação da importação de novos carros, a Alfa voltou ao Brasil e vendeu, entre outros modelos, os belo sedãs 164, 155 e 156 (foto acima). Mas os números foram insatisfatórios em relação à concorrência, a fama de manutenção difícil se alastrou e a marca bateu em retirada em 2006.
Um dos modelos mais tradicionais da marca nos EUA, a cobiçada Silverado durou pouco no Brasil. Foram cerca de cinco anos, de 1997 a 2001. Por aqui, a picape chegou com motores de seis cilindros em linha a gasolina ou a diesel, além de opções com quatro cilindros destinados a frotistas.
Sua missão era de substituir a antiga D-20, mas seu filme ficou queimado por problemas no diferencial. Não demorou para que a General Motors tomasse a decisão de interromper a importação e fabricação de picapes e utilitários grandes no Brasil, matando definitivamente a Silverado — que nunca mais voltou.
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Chevrolet Sonic
O Sonic chegou ao Brasil em 2012 importado do México para concorrer com o New Fiesta, mas ficou apenas dois anos por aqui. Seguindo o destino do irmão Agile, o modelo deixou de ser oferecido em 2014 devido ao baixo volume de vendas (em parte causado pelo volume de cotas após as mudanças nas regras do IPI) e ao sucesso do caçula Onix, lançado um ano antes.
Era comercializado nas versões LT e LTZ, com carrocerias hatch e sedã, sempre com motor 1.6 de 120 cv de potência. O câmbio era manual de cinco velocidade ou automático de seis. Clique aqui para conferir nosso Guia de Usados sobre ele.
Fiat Brava
Versão hatch do sedã Marea, o Brava sobreviveu no Brasil entre os anos de 1999 e 2003 e, assim como seu modelo de origem, não pode ser considerado um sucesso de vendas. Ele foi vendido em três versões de acabamento e duas opções de motorização: 1.6 16V e 1.8 16V. Saiu de linha depois de apenas quatro anos para dar lugar ao Stilo que, por sua vez, ficou oito anos no mercado brasileiro e foi descontinuado para a chegada do atual Bravo.
Hyundai Veloster
Em 2011, o slogan soava bonito com a pergunta “você já viu um carro de três portas?” acompanhada de promessas que não condiziam com a realidade. As propagandas anunciavam oito airbags, sistema de áudio com oito alto-falantes e faróis com xenônio, além das várias opções de cores. Nada disso, porém, acompanhava o Veloster vendido por aqui — inclusive, era vendido apenas nas cores preto e prata.
Mas o principal motivo para o modelo não emplacar no Brasil foi o desempenho pífio: eram apenas 128 cv de potência vindos do motor 1.6 (o mesmo do HB20), não os 140 anunciados — isso rende, até hoje, ações judiciais contra a CAOA. Deixou de ser importado em 2014, enquanto a versão turbo, anunciada no mesmo ano, nunca veio.
Nissan Tiida Sedan
A passagem do Tiida Sedan pelo Brasil foi rápida: apenas dois anos, de 2010 a 2012. Não por menos. O modelo baseado no hatch homônimo trazia uma boa relação de custo-benefício em equipamentos e espaço, mas não era o suficiente quando o visual de gosto discutível entrava na jogada. A traseira, que aparentava uma adaptação de última hora, não fez sucesso por aqui. Era vendido com o motor 1.8 de 126 cv e câmbio manual. A chegada do Versa no meio do caminho, em 2011, decretou o fim do Tiida.
Mercedes-Benz CLC
Outro exemplo que durou apenas dois anos em solo brasileiro. O Mercedes CLC chegou ao Brasil com produção nacional, feita em Juíz de Fora (MG), no início de 2009. O cupê era o sucessor do Classe C Sports Coupé e tinha visual baseado na geração corrente do Classe C, diferenciando-se pelas grandes lanternas traseiras e pela acomodação de apenas quatro pessoas em esquema 2+2. A única versão CLC 200 Kompressor era equipada com motor 1.8 com bons 184 cv de potência. Deixou de ser fabricado por questões “industriais”, segundo a marca.
Peugeot RCZ
Nem o visual à la Audi TT foi suficiente para que o RCZ ganhasse fama parecida com a de seu equivalente alemão. O cupê chegou em 2011 com a proposta de agregar esportividade e exclusividade à linha Peugeot. Sempre equipado com o conhecido motor 1.6 turbo de 165 cv de potência e câmbio automático de seis marchas, custava acima dos R$ 130.000, na época um valor impensável para um modelo de uma marca não-premium.
Em 2013, passou por uma leve reestilização, ganhando ares ainda mais esportivos. Mas não deu: sua importação chegou ao fim em 2016.
Toyota Corolla Fielder
A nona geração do Corolla, batizada de “Corolla Brad” pela aparição do ator Brad Pitt nas publicidades do modelo, chegou em 2004 acompanhada da Fielder. Seguindo as linhas do sedã, a perua tinha traços discretos e elegantes. Equipada exclusivamente com motor 1.8, com câmbio manual ou automático, obteve um relativo sucesso e criu um nicho de fãs, mesmo com o declínio do segmento – sua única concorrente, na época, era a Renault Grand Tour.
Porém, quando o Corolla mudou de geração, em 2008, a Toyota decidiu não trazer a nova versão perua, e acabou descontinuando a produção da Fielder, para desgosto dos órfãos das station wagons.
Volkswagen Pointer
O Pointer era apenas um dos vários resultados da Autolatina, parceria brasileira entre Volkswagen e Ford (1987-1996), da qual também saíram Apollo, Logus e Verona. O modelo era a configuração hatch do sedã Logus, com desenho mais dinâmico e traseira com um grande vidro. Era dotado de motorizações 1.8 e 2.0, esta última que equipava a versão esportiva GTi.
O design foi elogiado até pela matriz alemã. Mas vítima de uma série de problemas de construção e confiabilidade no início de sua vida, permaneceu no mercado por apenas dois anos, entre 1994 e 1996, quando deixou de ser oferecido pelos baixos números de vendas.