Depois da Chevrolet, foi a vez da Renault mandar trabalhadores da sua fábrica brasileira para casa. A montadora francesa iniciou nesta semana um layoff de 1.000 funcionários do Paraná, diminuindo a produção para ajustá-la “à demanda de mercado”.
A medida, causada, em outras palavras, por vendas fracas, vale para o complexo de São José dos Pinhais (PR), onde a Renault produz modelos como Duster e Kwid. Esse último foi contemplado fartamente pelo desconto patrocinado do Governo Federal, vendendo 5.927 unidades no mês de junho. Mesmo assim, a baixa demanda pelos carros da francesa motivou a redução temporária na produção.
Parte dos 1.000 trabalhadores já estão em casa desde segunda-feira (3), correspondendo àqueles da linha de montagem dos veículos de passeio. O resto do grupo interromperá os trabalhos na próxima segunda (10), quando ocorre a parada nas fábricas de motores e injeção de alumínio.
Conforme a lei que regulamenta os layoffs, todos realizarão cursos on-line de aprimoramento durante o tempo parado. A especialização vem sendo feita em parceria com o Senai.
A Renault não divulgou detalhes sobre futuras demissões mas, segundo o AutoIndustria, a montadora pagará 85% do salário líquido dos funcionários no período de pausa, além de manter outros benefícios como vale-alimentação. Também devem ser usados recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).