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Quais são as vantagens do comando de válvulas variável?

Mudar o tempo de abertura das válvulas melhora consumo e aumenta a potência. Mas há várias formas de fazer isso acontecer

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 set 2018, 09h46 - Publicado em 28 dez 2016, 20h53
Os motores Dual VVT-I da Toyota tem comandos variáveis para as válvulas de admissão e escape (/)
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Nos anos 80 falava-se muito em comando de válvulas “bravo”. Um bom exemplo disso era o motor AP1800S do Gol GTS e do Voyage Sport, que com árvore de comando 49G e adaptação para álcool chegava aos 105 cv contra os 96 cv do AP1800 convencional.

Hoje é possível ter tanto o comando manso com o bravo no mesmo motor graças ao comando de válvulas variável, seja na fase e ou na abertura das válvulas.

Cabe a árvore de comando de válvulas determinar quando as válvulas do motor serão abertas para que se fechem em sob ação de mola (ou de forma pneumática, como nos motores da F1). O acionamento pode ser por engrenagem, corrente ou correia dentada.

O uso de comando de válvulas fixo, sem ajustes durante o funcionamento, limita a potência específica do motor. Com o comando de perfil mais agressivo há mais potência em altos giros, mas isso compromete o funcionamento em baixa rotação.

variador de fase
O variador de fase funciona graças a pressão do óleo, que faz com que se altere o movimento da árvore de cames em relação ao virabrequim (Divulgação)
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É aí que entra ao comando variável, que consegue alterar o momento de abertura das válvulas ou o quanto elas se abrem para otimizar o rendimento do motor em cada circunstância.

Quando o sistema se dá alterando o momento de abertura das válvulas, trata-se de variação de fase. O próprio óleo do motor, controlado por uma válvula solenóide, se encarrega de mover o variador de fase entre 20° e 30° no eixo comando, o que resulta em ajustes de 40° a 60° em relação ao virabrequim do motor, que gira duas vezes para o comando girar uma só. Este seria o CVVT (termo mais usado pelos fabricantes) ou o famoso VVT-i da Toyota. 

Mas há vários sistemas que controlam também a amplitude do levantamento da válvula (lift), caso dos sistemas Toyota VTL-i, Honda VTEC, BMW Vanos e Double Vanos, Porsche Variocam Plus e Fiat Multiair. No VTEC da Honda, o comando de válvulas tem cames (ressaltos que acionam as válvulas) próprios para um perfil mais agressivo de tempo e abertura das válvulas que entram em ação quando necessário, destravando-se um balancim auxiliar. No Multiair da Fiat a abertura é feita por atuadores eletro-hidráulicos.

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O motor 1.8 16V i-VTEC da Honda é SOHC, mas tem controle de abertura das válvulas ()

As vantagens obtidas com comando de válvulas variável varia de acordo com a concepção do motor. Em motores SOHC, com apenas uma árvore de comando de válvulas, mais comum em motores de duas válvulas por cilindro (embora existam exceções, como os E.TorQ), o maior ganho é na redução do consumo de combustível acompanhada de alguma redução nas emissões de poluentes. 

Quando o motor é DOHC, com duas árvores de comando, uma para válvulas de admissão e outra para as de escape, há três variações possíveis.

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O mais comum hoje é ter variação na abertura das válvulas de admissão, que resulta em ganhos de potência e torque, consumo, suavidade do motor e alguma redução de emissões. Quando também há variação nas válvulas de escape (caso dos Dual CVVT), reduz-se drasticamente as emissões com ganhos de potência e torque, consumo e suavidade do motor. 

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