PSA Peugeot Citroën registra Opel Combo Turbo no Brasil
Multivan compartilha componentes com modelos da marca francesa e concorreria com Fiat Doblò
A compra da alemã Opel pelo Groupe PSA (antiga PSA Peugeot Citroën) começa a render seus primeiros frutos no Brasil. Mas ainda não será dessa vez que veremos a volta dos icônicos Corsa e Astra no país.
A gigante francesa registrou por aqui a nova geração do Opel Combo, multivan vendida na Europa usando a mesma plataforma do novo Citroën Berlingo e Peugeot Rifter.
O modelo de perfil familiar é oferecido em diferentes versões de acabamento e motorizações. No Brasil a PSA registrou a variante de passageiros curta, com 4,45 m de comprimento, e a de carga alongada, que adiciona 35 cm.
Não há detalhes sobre motorizações, mas, caso o modelo seja vendido por aqui, o trem de força mais provável a ser usado é o 1.2 Puretech turbo. O conjunto é o mesmo usado no Peugeot 208 e Citroën C3, mas sobrealimentado e com injeção direta para gerar 110 cv.
O câmbio, no entanto, será compulsoriamente o manual de seis marchas, já que o automático de oito é restrito à versão turbodiesel.
O Combo tem versões de cinco e sete lugares e dispõe de itens como portas traseiras corrediças, porta-trecos volumosos no teto e até um teto-solar panorâmico duplo.
No momento o Combo é fabricado somente na Espanha, o que dificultaria os planos da marca de oferecer o veículo por aqui com um preço competitivo.
No Brasil o principal rival do Opel, por tamanho e proposta, seria o Fiat Doblò, que custa entre R$ 85.590 e R$ 96.990. É pouco provável, porém, que a PSA consiga ofertar o Combo por menos de R$ 110 mil.
Não que esse seja o principal desafio da marca francesa. O problema é que, antes de vender qualquer modelo da Opel no Brasil, a PSA precisaria instalar uma rede de pós-venda ao menos nas principais capitais do Brasil.
Normalmente isso já seria um problema por si só, mas a questão vai ao encontro da crise que a própria PSA enfrenta no mercado nacional, com o fechamento de revendas e a união de concessionárias Peugeot e Citroën para conter custos.
Oferecer modelos da Opel por aqui poderia ser uma alternativa para a empresa, mas a aposta ousada pode ser barrada por conta dos altos investimentos necessários para isso.