A história do Renault Zoe chega ao fim no Brasil. O primeiro elétrico da francesa foi lançado no país em 2018, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, sendo, também, o primeiro EV comercializado para pessoas físicas no mercado nacional (até então, havia venda para frotistas). Agora, o modelo não se encontra mais no site da montadora, que confirmou o fim da importação do hatch.
Mesmo sendo uma promessa quando foi lançado, a baixa autonomia e o design estranho não agradaram — até então, fabricantes tentavam entender a recepção dos elétricos pelo público. Por isso, o modelo mudou bastante em 2021, ganhando o design que foi vendido até agora. Além de mais atraente, a autonomia do Zoe passou para 385 km (WLTP) e o carro ficou mais potente, indo de 90 cv para 135 cv.
Mesmo assim não vingou: no ano passado, o Zoe foi apenas o 15º elétrico mais vendido do Brasil, com 203 unidades. Um dos principais motivos era seu preço, de R$ 239.990 logo antes da aposentadoria. Ele ficou atrás de modelos muito mais caros, como o Audi e-Tron, e outros mais em conta, como o próprio Renault Kwid E-Tech.
Elétricos mais novos — caso do BYD Dolphin e do GWM Ora 03 — conseguiam oferecer mais cobrando menos, e isso sacramentou o fim de um produto mais antigo em uma indústria que se renova rapidamente.
Mas esse fim já era premeditado: na Europa, onde sua aceitação é boa e o modelo já emplacou mais de 420 mil unidades desde 2012, o fim do Zoe está próximo. Isso porque a Renault já anunciou que o modelo não ganhará uma nova geração, deixando de ser produzido no próximo ano e dando lugar ao Renault 5.
No Brasil, ele passa o bastão para o novo Megane E-Tech: o crossover elétrico tem mais potência, torque, autonomia, espaço e tecnologia, além de estilo mais atual. Ainda assim, estreia por R$ 279.900 — apenas 16% mais caro que o antecessor.