Novo Volkswagen Passat abandona o sedã e passa a ser exclusivamente perua
São oito opções de motorização para o modelo, com direito a uma variante híbrida que percorre até 100 km em modo elétrico
A Volkswagen prometeu e cumpriu: o novo Passat, que estreia 50 anos após sua primeira geração, deixa a carroceria sedã no passado e chega exclusivamente como uma perua. Apesar da “limitação”, o modelo entrega um vasto catálogo de motores, com opções a gasolina, diesel ou híbridas.
Além de romper a tradição de possuir uma carroceria de três volumes, o novo Volkswagen Passat Variant também muda sua inspiração de design. Mesmo que seja destinado ao mercado europeu, apreciador das peruas, o modelo flerta mais com a linguagem de design da marca na China, que com a linguagem europeia.
Isso fica evidente, principalmente, na dianteira, que remete a alguns dos sedãs chineses da VW, como o Lamando. Também há inspirações nos modelos da linha elétrica, ID. Os faróis de leds matriciais (interligados por uma barra de leds na grade) são espichados em direção às laterais e o para-choque tem grandes aberturas, tudo com traços arredondados que garantem o melhor coeficiente aerodinâmico da história do Passat (0,25).
A traseira tem lanternas que vão de um lado a outro, também iluminadas por leds com efeitos 3D. De lado, a perua tem traços limpos. Nas versões híbridas plug-in, o conector para recarga fica no para-lama esquerdo. Já as rodas podem ser de até 19 polegadas.
O Passat Variant também está maior em relação a geração anterior. Baseado na plataforma MQB evo, uma evolução da já conhecida MQB que promete mais tecnologia e redução de custos, ele cresceu 14,4 cm no comprimento, 5 cm no entre-eixos e 2 cm na largura. Assim, tem 4,92 m de comprimento, 2,84 m de entre-eixos, 1,85 m de largura e 1,51 m de altura, esta que permaneceu inalterada. O porta-malas tem 690 litros.
A cabine tem formas e traços retilíneos, com cantos vivos, além de poucos botões físicos, desenhos iluminados no painel e nas portas, e alavanca de câmbio na coluna de direção. O destaque fica para as telas, que têm sistemas redesenhados e com maiores possibilidades de personalização. O quadro de instrumentos tem 10,25 polegadas, enquanto a central multimídia pode ter de 12,9 a 15 polegadas, variando conforme a versão. Também há um head-up display.
Serão oito motorizações diferentes para a perua, a começar pelas puramente a combustão. Puramente a combustão, haverá o 2.0 turbodiesel com 122, 150 ou 193 cv de potência, além dos 2.0 turbo a gasolina com 204 ou 265 cv. As versões a gasolina de 265 cv e diesel de 193 cv terão, como padrão, tração integral.
Entre os motores híbridos, há o eTSI, um híbrido-leve que combina um motor 1.5 turbo a gasolina a um sistema elétrico de 48V que substitui o alternador. Este entrega 150 cv.
Já o eHybrid é híbrido plug-in, que necessita de recarga em redes elétricas – o que pode-se fazer em redes rápidas de até 50 kW. Ele combina o motor 1.5 turbo a gasolina a um motor elétrico, alimentado por uma bateria de 11 kW, e entrega 204 ou 272 cv. A autonomia no modo elétrico é de 100 km, segundo a Volkswagen.
Entre os equipamentos, o Passat Variant alcança altos níveis tecnológicos. Há faróis matriciais, aquecimento e massagem nos bancos, ACC, suspensão adaptativa, assistente para mudança de faixa, frenagem autônoma de emergência, estacionamento semiautônomo, assistente de voz, entre outros.