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Novo GMA T.33 é superesportivo para fechar com honras a época dos V12

Criada por gênio da Formula 1, GMA T.33 tem números extremos, mas também quer vender suas 100 unidades pela beleza

Por Eduardo Passos
28 jan 2022, 17h01
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  • Criada por um dos maiores projetistas da Formula 1, a inglesa GMA apresentou mais um superesportivo de série limitada, o T.33. Mais refinado e menos agressivo que os já apresentados GMA T.50 e T.50s, o novo modelo será entregue a partir de 2024, tão caro, exclusivo e aerodinâmico quanto seus irmãos.

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    Esse aparente exagero é necessário para cumprir a meta do dono da fabricante, o britânico Gordon Murray, responsável por carros que ganharam dois títulos de Formula 1 pela Brabham e três pela McLaren. Murray, que comandou a criação do Mclaren F1, não se interessa por recordes, números frios ou altas vendas, mas por criar a reputação de ser o melhor do mundo no que faz. “Se você quer um supercarro, o T.33 é ele”, destacou.

    Para não ficar no discurso, a Gordon Murray Automotive se apoiou em sete pilares que tem como guia mas que, na verdade, podem ser resumidos na busca por excelência absoluta em aerodinâmica e economia de peso.

    Projetistas buscaram inspiração nas artes para criar linhas
    Projetistas buscaram inspiração nas artes para criar linhas “sem precedentes” (Divulgação/GMA)

    Monocoque

    Uma tarefa aparentemente fácil, ainda mais sabendo que chassis inovadores são a especialidade do projetista, mas, a níveis extremos, isso é bem mais caro e difícil do que parece. O GMA T.33 é feito sobre um monocoque de fibra de carbono reforçado com barras tubulares de aço especial, cortado a laser.

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    Entrada do ram-air é ligada diretamente ao V12, sem conexão ao chassi
    Entrada do ram-air é ligada diretamente ao V12, sem conexão ao chassi (Divulgação/GMA)

    Metalurgia à parte, a célula dá ao biposto alta rigidez torcional, ao mesmo tempo que o faz pesar 300 kg a menos que um superesportivo equivalente, segundo dados da fábrica. Com o resto da carroceria feito em alumínio especial e o trem-de-força completando o esforço estrutural, o T.33 pesará apenas 1.090 kg, movidos por mais de 600 cv.

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    Motor feito pela Cosworth pesa apenas 178 kg
    Motor feito pela Cosworth pesa apenas 178 kg (Divulgação/GMA)

    Motor V12 ultraleve

    O motor do T.33 é um 4.0 V12 adaptado dos outros modelos da marca. Ele é o motor de rua naturalmente aspirado com melhor relação peso/potência já feito, mas que, no novo modelo, rende “só” 615 cv a 10.500 rpm e 46,0 kgfm a 9.000 rpm. Ainda que os picos sejam altos, 75% do torque já está disponível a 2.500 rpm.

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    Em relação ao projeto original da parceria com a Cosworth, o V12 traz novo comando de válvulas variável. Além de modificações no curso do pistão, o motor foi remapeado, também justificando a perda de desempenho.

    Alavanca de câmbio pode ser trocada por borboletas no volante, mas a transmissão é sempre a mesma
    Alavanca de câmbio pode ser trocada por borboletas no volante, mas a transmissão é sempre a mesma (Divulgação/GMA)

    A transmissão também é uma versão “amansada” do T.50, com seis velocidades, trocas manuais e apenas 82 kg. Quem não se der ao trabalho pode escolher um sistema de trocas instantâneas, no qual borboletas no volante acionam um mecanismo que troca as marchas mecanicamente. De acordo com a GMA, nenhum concorrente troca de marchas tão rápido quanto o T.33.

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    Uso aprimorado do efeito solo tornou necessário uso apenas de aerofólio traseiro retrátil
    Uso aprimorado do efeito solo tornou necessário uso apenas de aerofólio traseiro retrátil (Divulgação/GMA)

    Dispensa de aerofólios

    Com exceção do aerofólio traseiro retrátil, o T.33 tem linhas contínuas, sem partes aerodinâmicas externas. Outra paixão de Gordon Murray, o efeito solo foi o que teve maior atenção dos projetistas, que querem fazê-lo moda no segmento daqui em diante.

    Frenagem é feita em sincronia com o spoiler. Há freios de carbono-cerâmica nas quatro rodas
    Frenagem é feita em sincronia com o spoiler. Há freios de carbono-cerâmica nas quatro rodas (Divulgação/GMA)

    Graças ao sistema de controle de camadas limites (PBLC), a GMA melhorou em 30% a eficiência aerodinâmica do assoalho. Graças à manipulação desse conceito físico, foi possível dispensar quase todo auxílio de spoilers e asas pelo carro.

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    Óbvio que o carro será traiçoeiro, mas a fabricante garante que o controle de tração e estabilidade é discreto, atuando durante o show do piloto sem que ele perceba. “Dá mais confiança”, explica Gordon Murray.

    Design foi inspirado por esportivos dos anos 1960, preferidos de Gordon Murray
    Design foi inspirado por esportivos dos anos 1960, preferidos de Gordon Murray (Divulgação/GMA)

    O T.33 tem o melhor possível em termos de suspensão, com ligas de alumínio e fibra de carbono dando leveza e força aos duplos As na dianteira. Atrás, a suspensão é apoiada sobre a caixa de transmissão, de modo que o monocoque possa absorver as forças de torção. Ao mesmo tempo, buchas especiais amenizam qualquer vibração do doze cilindros e do câmbio.

    Ao contrário do GMA T.50s, o T.33 vem com dois bancos de série
    Ao contrário do GMA T.50s, o T.33 vem com dois bancos de série (Divulgação/GMA)

    Interior de corrida

    Fazendo valer sua palavra, Gordon Murray não cedeu no interior do lançamento, que traz dois bancos e volante em fibra de carbono e nenhuma touchscreen. Todos os comandos são através de botões e seletores giratórios, como no volante dos Formula 1.

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    Curiosamente, o GMA T.33 vem com Android Auto e Apple Carplay de série, ainda que sua operação sem touchscreen não tenha sido explicada pela marca.

    Serão fabricadas 100 unidades — cada uma numerada e altamente personalizada
    Serão fabricadas 100 unidades — cada uma numerada e altamente personalizada (Divulgação/GMA)

    Preços e prazos

    Possíveis compradores do promissor esportivo devem correr e ter calma. Limitado a 100 unidades, o biposto terá cada unidade vendida a partir de 1,37 milhão de libras (cerca de R$ 9,9 milhões na cotação atual). 

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    Trazer um GMA T.33 para o Brasil pode custar mais de R$ 20 milhões
    Trazer um GMA T.33 para o Brasil pode custar mais de R$ 20 milhões (Divulgação/GMA)

    Esse valor ainda não considera impostos, mas inclui a dupla opção de câmbio e uma consultoria pós-venda que, para a GMA, é como “uma família”. Fabricado em Surrey, Inglaterra, com volante à direita ou à esquerda, o GMA T.33 será entregue a partir de 2024, homologado para ruas do mundo inteiro.

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    A edição 753 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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