Enquanto superam a fase de testes, os novos caminhões da FNM já têm pedidos. A Ambev firmou parceria para receber 1.000 unidades dos caminhões elétricos da startup que ressuscitou o nome da Fábrica Nacional de Motores, mas com um novo significado para a sigla FNM: Fábrica Nacional de Mobilidades.
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A produção é feita na fábrica da Agrale, em Caxias do Sul (RS), que além do espaço cede também o chassi dos seus caminhões. Os motores elétricos, que geram até 350 cv e torque instantâneo de 356,9 kgfm, são fornecidos pela europeia Danfoss e as baterias vem da Octillion, fabricante norte-americana.
Os caminhões FNM têm cabine feita de fibra de vidro com inspiração nos clássicos FNM produzidos entre 1951 e 1977. Ainda serão equipados com sistemas anti-colisão e câmeras de monitoramento, além de rodas de alumínio e faróis de leds. Há duas versões previstas: FNM 833 com PBT (peso bruto total) de 18 toneladas e o FNM 832, com PBT de 13 toneladas.
A Ambev não divulgou o investimento, mas disse que o gasto menor com energia e com manutenção tornam a operação viável. A intenção é começar a usar os caminhões em entregas no Rio de Janeiro, percorrendo até 100 quilômetros por dia.
A fabricante de bebidas também encomendou 1.600 unidades do Volkswagen e-Delivery. Os 100 primeiros serão entregues ainda em 2021.
Caminhões elétricos em alta
Os planos da Ambev visam converter metade de sua frota de 5.300 caminhões no Brasil em veículos movidos a energia limpa até 2023. Cada caminhão FNM permitiria reduzir a emissão de CO2 em 126 mil quilos por ano, estima.
Outras empresas seguem o mesmo caminho. A JAC Motors anunciou a entrega das primeiras unidades do iEV1200T, seu caminhão elétrico com PBT de 7,5 toneladas. A PepsiCo recebeu 10 unidades que usará como laboratório para as entregas na cidade de São Paulo, visando a troca gradativa dos veículos com motores térmicos usados na operação.
A DHL comprou uma unidade do caminhão também para realizar testes e pode comprar mais unidades para atender clientes que desejarem reduzir a emissão de CO2 em sua cadeia logística. De acordo com a JAC, o iEV1200T gasta R$ 0,26 por km rodado – 5 vezes menos que os caminhões similares movidos a diesel.
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