Nissan Frontier tem produção encerrada na Argentina; qual é o futuro da picape?
Sem peças, picape tem sua fabricação encerrada dois meses antes do combinado; caminhonete será importada do México a partir de 2026, com novo design

Depois de sete anos, a Nissan Frontier encerra sua produção na Argentina. A fabricante confirmou o fim da fabricação da picape média em Córdoba, como parte de um plano em que irá transferir toda a produção da caminhonete na América Latina para a fábrica de Civac, no México.
Esta mudança havia sido adiantada pelo sindicato local e depois foi confirmada pela própria Nissan. O plano original era que a produção seguisse até dezembro, como foi comunicado aos funcionários da fábrica e aos fornecedores de peças.

No entanto, segundo o site Motor1 Argentina, o cronograma foi adiantado pela falta de componentes, provocando o fim da picape argentina quase dois meses antes do programado. Com isso, a Nissan ainda encerra a sua participação na fábrica em Córdoba, que voltará a fazer apenas veículos da Renault – o complexo é propriedade da empresa francesa.
Em nota enviada à imprensa local, a Nissan confirmou que a produção foi finalizada:
“De acordo com o que havia sido comunicado em 28 de março e como parte de seu plano de transformação Re:Nissan, a produção da picape Nissan Frontier foi encerrada hoje na fábrica em Santa Isabel. De agora em diante, toda a produção de picapes na região será concentrada no México. A Nissan Argentian reafirma seu compromisso em continuar a entregar o melhor de seu portfólio para seus clientes, além da melhor qualidade de vendas e serviço de pós-vendas através de sua rede oficial de concessionárias.”
O fim da Frontier afeta a Renault, que aproveitou para acabar com a montagem da Alaskan. A picape francesa era totalmente baseada no modelo da Nissan, trocando somente o logotipo. Porém, a Renault terá uma nova caminhonete em 2026, na forma da inédita Niagara, porém no segmento da Fiat Toro, com capacidade de carga de meia tonelada.
A mudança visa otimizar a produção e aproveitar a “tradição manufatureira” mexicana, segundo a empresa. Essa alteração logística pode impactar os preços e as versões oferecidas no mercado brasileiro. As fabricantes possuem cotas de importação do México sem pagar o imposto de importação e, como a Nissan já traz mais veículos como Sentra e Versa, a quantidade restante da cota pode não ser o suficiente para atender a demanda de uma linha muito grande.
Com lançamento marcado somente para o ano que vem, a Frontier mexicana chegará com algumas novidades. A picape receberá uma reestilização significante para que fique mais competitiva diante das rivais. O teaser divulgado adianta que terá linhas mais agressivas, grade frontal robusta e faróis de LED com assinatura marcante.