Na QR de Abril, andamos no Kardian e Titano e testamos a Spin 2025
Além de tudo sobre os lançamentos, a edição mostra os carros que menos desvalorizaram em 2023 no Prêmio Melhor Revenda 2024
O Renault Kardian definitivamente nos impressionou e mereceu o título “o melhor Renault nacional desde o Megane”. É um modelo que será um divisor de águas na história da marca que nos últimos 18 anos só lançou modelos de baixo custo como Clio, Sandero, Logan e Oroch.
O novo SUV compacto estreia nova plataforma, novo motor 1.0 turbo e até um câmbio de dupla embreagem. A plataforma é a RGMP (de Renault Group Modular Platform) e servirá desde o Kardian, com 2,60 m de entre-eixos, até a picape Niagara, com os quase 3 m, e terá outras três variações da seção traseira, também para acomodar uma bateria ali. Será comum a todos os carros que chegarão até o ano de 2028.
Isso mostra porque o Kardian é um modelo tão importante pra Renault e também para o mercado brasileiro.
Fiat Titano Um outro lançamento importante é a primeira picape média da marca Fiat: a Titano. Após anos de sucesso de Strada e Toro, a marca quer agora pegar carona nas boas vendas dos modelos menores, para apostar em um dos segmentos mais movimentados do mercado.
Mas, quase que ela não chega como Fiat e sim como Peugeot. Sua origem vem da Changan Kaicene F70. De uma parceria entre a chinesa e a extinta PSA, nasceu a Peugeot Landtrek, que chegou a ser cogitada para o Brasil. Na Stellantis, porém, a marca Fiat fala mais alto por aqui entre as picapes e, assim, veio a Titano.
A Titano é equipada com motor 2.2 turbodiesel, que é o BlueHDI já utilizado no Ducato, mas com 180 cv e 40,8 kgfm – isso nas versões Volcano e Ranch, com câmbio automático de seis marchas. Na Endurance, que tem câmbio manual de seis marchas, o torque cai para 37,7 kgfm.
QUATRO RODAS dirigiu no asfalto e na terra e mostra como se comporta o conjunto mecânico e de suspensão na novata.
Chevrolet Spin 2025 A minivan foi completamente renovada e além de novo design externo estreia painel digital e nova central multimídia. Ela ainda apresenta uma série de tecnologias de auxílio à condução com destaque para frenagem autônoma de emergência. O que não mudou foi o motor que continua o 1.8 aspirado, que recebeu melhorias e está mais econômico, porém mais lento que o modelo anterior.
QUATRO RODAS testou a Spin com exclusividade no campo de provas da General Motors, no interior de São Paulo e já a comparou com o principal rival: o Citröen C3 AirCross, que traz motor 1.0 turbo e visual moderno. Qual dos sete lugares oferece o melhor custo benefício?
Ford Ranger x Ram Rampage Um outro comparativo imperdível é o das picapes médias que coincidem de preço, de motorização, mas tem propostas muito distintas.
Ambas são muito diferentes e, ao mesmo tempo, muito parecidas. De um lado, uma picape média convencional, com chassi de longarinas: a Ford Ranger XLS é uma versão de entrada até bastante completa. Do outro lado, uma picape intermediária e monobloco: a Ram Rampage Laramie não tem o mesmo porte, mas traz muitos equipamentos e, por dentro, está bem mais próxima dos SUVs.
Prêmio Melhor Revenda 2024 Em sua quinta edição, o Prêmio Melhor Revenda é referência em apontar os modelos menos desvalorizados do mercado, para ajudar o leitor a fazer o melhor negócio quando for trocar ou comprar um veículo.
Fruto de uma parceria entre QUATRO RODAS e a Kelley Blue Book (KBB), empresa especializada na avaliação e pesquisa de preços de veículos, o Melhor Revenda premia os automóveis e comerciais leves com menor desvalorização no período de 12 meses.
Para o resultado, os especialistas da KBB registram os preços iniciais de cada versão dos modelos vendidos zero-km em janeiro de 2023 (excluindo versões eletrificadas, que têm cotações próprias) que, agora, foram comparados com o Preço de Troca KBB, em janeiro de 2024. Esse índice da empresa calcula os valores médios das negociações do veículo particular para um lojista. Assim, chega-se aos índices de desvalorização que você conhecerá nessa edição de QUATRO RODAS.
Carta ao leitor: Resumo do mês
Escrever é sempre motivo de satisfação. Mas escrever esta Carta é uma ocupação que me dá muito prazer. É um espaço autoral, onde tenho mais liberdade para abordar os diferentes assuntos – em quase todo o restante da revista, nos sentimos obrigados a noticiar o que é essencialmente importante para o leitor (sempre temos mais assunto do que
espaço). Além disso, é uma pausa para um papo com os leitores. E é também uma oportunidade de prestigiar a equipe de QUATRO RODAS, que merece muito.
Nem sempre, porém, encontro temas interessantes. Muitas vezes, esta Carta é escrita aos 48 minutos do segundo tempo, do fechamento. Por falta de tempo, ideias, inspiração. E porque resisto a fazer comentários sobre o conteúdo da edição – o que seria perfeitamente normal, porque uma das funções da Carta é convidar à leitura –, pois penso que esse é o
caminho mais simples, que vem pronto, e a Carta merece mais dedicação, exclusividade.
Este mês foi fácil. E, contrariando o foco na produtividade, escrevi três cartas, incluindo esta. Tive várias ideias boas. Talvez seja o efeito dos 15 dias de férias que tirei. O curioso é que o conteúdo desta Carta é justamente um resumo da edição. A vontade de falar sobre ele foi surgindo à medida que as reportagens chegavam à minha mesa.
Tenho vontade de comentar algo sobre cada uma das matérias, todas dignas de nota. Mas vou me ater aos fatos que me motivaram a escolher este tema de Carta. Um dos destaques que quero registrar é a participação de dois colaboradores: Cleide Silva, que fez duas reportagens do Especial Financiamento (páginas 62 e 66), e Luiz Alberto Pandini, que produziu o texto sobre a Stock Car (página 70).
A Cleide é jornalista premiadíssima. E o Panda, um especialista em competições que acabou de lançar o livro A Obra-Prima de Senna e Outras Histórias de um Repórter nas Pistas.
Outra razão desta Carta é um evento que ilustra o engajamento da redação em conseguir o melhor conteúdo sempre e resultou no comparativo Chevrolet Spin x Citroën C3 Aircross. Quando o Aircross chegou à redação, sabíamos que a Spin seria apresentada em breve, mas ainda sem data definida. Com essas informações, o editor Henrique Rodriguez, a repórter Isadora Carvalho e o fotógrafo Fernando Pires, separadamente, mas em sintonia, logo pensaram na mesma coisa: juntar os dois carros. “O Fê chegou e disse: agora corre atrás da Spin”, contou a Isadora, que aceitou a missão com determinação. O resultado você vê na página 20.
Outro destaque é o trabalho de fôlego do repórter Guilherme Fontana para escrever com propriedade os
textos do Prêmio Melhor Revenda, baseado nos dados levantados pela nossa parceira KBB Brasil.
Por último, só porque preciso finalizar, menciono a coluna Opinião, escrita pelo repórter Eduardo Passos, que toca em um tema sensível sobre os desafios da descarbonização. Confira do que se trata na página 96. Se para nós foi bom escrever esta edição, imagino que você terá uma boa leitura.