A Mercedes-AMG está preparando uma surpresa para o GP de Mônaco da Fórmula 1 — e, para a tristeza dos mercedistas, não é algo que possa parar o holandês Verstappen. Na verdade, a montadora revelará publicamente o conceito PureSpeed, um conversível que servirá de base para a nova série limitada “Mercedes-Benz Mythos”.
O conversível tem forte inspiração em carros de corrida, em especial, os de F1. A começar pela falta do para-brisa e da coluna A, que deram lugar ao sistema Halo. Essa peça foi introduzida nos carros da Fórmula 1 em 2018 e cruza toda a parte superior da carroceria. Seu objetivo é proteger o piloto — e nesse caso também o carona — em acidentes.
O perfil mais baixo e o “nariz de tubarão” na ponta do capô também são elementos que derivam das pistas. Mas a ideia geral do design a Mercedes tirou de um dos seus esportivos mais icônicos já apresentados: o AMG One, que por sua vez foi criado para ser algo como um “carro de F1 urbano”. Dele, o PureSpeed tirou características como o para-choque dianteiro, com uma grande abertura central e a inscrição “AMG”, e as peças em fibra de carbono na parte inferior do carro.
Para otimizar a aerodinâmica, a Mercedes colocou uma saída de ar adicional ao capô e instalou pequenos defletores transparentes na frente e nas laterais para direcionar o vento sobre o cockpit.
Há também flaps aerodinâmicas nas laterais, enquanto a cobertura das rodas traseiras é totalmente fechada para melhorar a aerodinâmica e, a das dianteiras, é aberta para aumentar a downforce e direcionar mais ar para resfriar os freios.
Já a pintura vermelha tem uma história especial. Ela foi escolhida em homenagem ao vencedor da corrida Targa Florio, de 1924, na Sicília. Nessa ocasião, a Mercedes pintou o seu carro de vermelho, cor tradicionalmente usada pelos bólidos italianos — os alemães usavam branco — para confundir a torcida local, de modo que ela não atrapalhasse durante a prova.
A tática deu certo e o piloto Christian Werner terminou os 420 km da prova em primeiro lugar após 6:32:37.4 horas. Outro detalhe que remete à corrida de cem anos atrás é o número 10 estampado nas laterais, o mesmo do carro campeão.
Embora o nome seja PureSpeed, ainda não sabemos suas capacidades, já que a Mercedes não informou os números de desempenho e motorização. O mais provável é que ele tenha o V8 585 cv do SL63 ao invés do sistema híbrido, também com motor V8, de 816 cv do SL63 Performance.
Mas só teremos a confirmação quando o carro entrar em produção, no ano que vem. Segundo a montadora, o esportivo será limitado em apenas 250 unidades, que serão vendidas apenas para os “maiores colecionadores da Mercedes-Benz”.