Luz verde para PSA e FCA formarem a quarta maior fabricante do mundo
Unir forças para reduzir custos e tornar as operações lucrativas. Compartilhamento de tecnologias deve se refletir em modelos vendidos em 2021 ou 2022
O passo mais importante para o estabelecimento da fusão efetiva entre FCA e PSA acaba de ser dado – ainda resta uma etapa, a ser concluída entre 12 e quinze meses, mas os especialistas dizem se tratar de mera formalidade.
Então, ao longo dos próximos anos será o momento de arrumarem a casa. Nem o nome da nova empresa está definido, mas a divisão inicial parece justa: 50% para cada lado e um conselho de onze pessoas, com cinco membros nomeados pela PSA e outros cinco pela FCA.
A décima primeira cadeira será ocupada por Carlos Tavares, em tese neutro por ocupar também a posição de CEO da nova companhia – Tavares é o atual CEO da PSA.
Caso os números se confirmem (cerca de 47 bilhões de dólares no mercado de ações, de acordo com o comunicado oficial), a nova companhia chega com status de gigante, roubando da Ford o quarto lugar do ranking das montadoras mais valiosas, segundo comunicado da PSA.
As 8,7 milhões de unidades vendidas anuais colocariam a nova empresa atrás do Grupo Volkswagen, Toyota Motor e aliança Renault-Nissan.
A intenção, como sempre, é aplicar sinergia para fortalecer os dois lados envolvidos. Com compartilhamento de tecnologias e desenvolvimento conjunto de novas plataformas, Tavares pretende promover uma economia de 40%.
O comando da nova empresa não fala diretamente em fechamento de fábricas, mas é o que se espera.
Antes da fusão definitiva, a acionista chinesa da PSA, Dongfeng, reduzirá sua participação de 12,2% na montadora francesa, vendendo 30,7 milhões de ações à PSA.
A tendência é que a Dongfeng tenha uma participação de, no máximo, 4,5%.