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Parceria de Fiat e Peugeot (e GM) existe há 50 anos e rendeu até o Punto

Casamento de grupos FCA e PSA foi oficializado neste ano, mas acordos entre italianos, norte–americanos e franceses existem desde 1970

Por Gabriel Aguiar
5 nov 2019, 07h00
(Arte/Quatro Rodas)

O grupo FCA tenta conquistar a PSA desde 2012, quando Sergio Marchionne, então CEO da empresa, assumiu publicamente o interesse na fusão com os franceses.

Desde então, muitas coisas aconteceram: naquele mesmo ano, PSA e General Motors formaram a parceria que, em 2017, acabou em casamento com Opel e Vauxhall.

Só que há outras conexões entre as 13 marcas agora unidas no conglomerado ítalo-francês – inclusive no Brasil, com os acordos de cooperação entre Fiat e Chevrolet.

O Simca 1000 deu origem à célebre versão Rallye em 1970
Simca: fundada pela Fiat, mantida pela Chrysler e comprada pela Peugeot (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Quer um exemplo? Em 1978, a Peugeot comprou a participação europeia da Chrysler. E o fabricante norte-americano é dos italianos há dez anos, após a crise de 2008.

Mais curioso é lembrar que a Simca, que fazia parte desse braço da Chrysler no Velho Continente, foi fundada pela Fiat. Ou seja: passou por três marcas do grupo atual.

Entretanto, a primeira relação direta entre as marcas que hoje pertencem ao grupo é o Citroën SM, último lançamento da empresa antes de ser adquirida pela Peugeot.

Citroën SM
Citroën SM foi o primeiro ponto de ligação entre os atuais grupos PSA e FCA (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Mostrado no Salão de Genebra, na Suíça, em 1970, o esportivo tinha tração dianteira, traseira kammback e suspensão hidropneumática autonivelante e… motor V6 2.7 Maserati.

Claro que nem é preciso ir tão longe para procurar as relações. Basta visitar qualquer concessionária Fiat, Citroën ou Peugeot e ver os irmãos Ducato, Jumpy e Boxer.

Parceira entre franceses e italianos rendeu até van Alfa Romeo (Reprodução/Internet)

Aliás, a parceria entre italianos e franceses já vem de longa data – ao menos entre os veículos comerciais – e inclui até van Alfa Romeo: a AR6, feita nos anos 1980.

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E não é difícil notar o parentesco entre outros monovolumes fabricados por Fiat, Citroën e Peugeot: do acordo surgiram Evasion, C25, C8, J5, Ulysse, Phedra, 806 e 807.

Conceito Lucciola foi criado para a Fiat, mas acabou com a GM (Italdesign/Divulgação)

Outro ponto de ligação entre Fiat e, dessa vez, Opel, aconteceu na Ásia. Isso porque o Daewoo Matiz, lançado em 1998, teve como base o conceito Lucciola da Italdesign.

O protótipo foi criado em 1993 pelo estúdio de Giorgetto Giugiaro para substituir o 500, mas foi rejeitado pelos italianos. E, com isso, o projeto foi vendido aos sul-coreanos.

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Daewoo Matiz serviu de base para outros modelos, inclusive Chevrolet (Daewoo/Divulgação)

Só que, depois de apenas um ano desde o lançamento do hatch, o fabricante acabou nas mãos da General Motors, que também era dona das europeias Opel e Vauxhall.

Ainda que o modelo nunca tenha recebido o logotipo das marcas que hoje pertencem a FCA e PSA, o Matiz foi vendido em diversos mercados, incluindo o Velho Continente.

Fiat Punto tinha base de Opel Corsa na Europa e motor GM no Brasil (Divulgação/Fiat)

Se Giugiaro foi deixado de lado na revolução do 500, a Fiat se redimiu ao reinventar o Punto em 2005. Por que eu disse isso? Porque o hatch tinha base de Opel Corsa.

No Brasil, o hatch tinha plataforma adaptada do Palio. Mas ele também tinha vínculos com a GM: o motor 1.8 foi criado junto com a Chevrolet (e era chamado Família 1).

Esse motor foi aposentado nos veículos da Fiat após a chegada dos novos E.torQ, mas segue disponível no nosso mercado até os dias atuais, apesar de defasado, na dupla Cobalt e Spin.

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