O Jeep Commander foi o favorito entre os consumidores na categoria de SUVs grandes da pesquisa Os Eleitos 2023. Embora não tenha tido muitos concorrentes, o modelo de sete lugares fez por merecer e mostra que é competitivo desde sua versão de entrada, a Longitude.
Lançado em junho deste ano, quase dois anos após a estreia do Commander, a versão Longitude, é exclusivamente equipada com o motor 1.3 turbo de até 185 cv e câmbio automático de seis marchas com tração 4X2. Enquanto isso, as versões acima, também tem como opção a tração 4X4, tanto com o motor a gasolina, quanto com o 2.0 a diesel.
O bom é que mesmo maior, o conjunto mecânico consegue, praticamente, o mesmo desempenho do que quando equipado no Jeep Compass. Em nossa pista, o Commander 1.3 fez de 0 a 100 km/h em 10,4 s, apenas 0,1 s mais lento que o irmão menor.
Já no consumo, as diferenças também não são gritantes, inclusive o Commander foi mais econômico que o Compass na estrada. O sete lugares teve médias 9,2 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada, enquanto o SUV médio fez 9,3 km/l e 13 km/l, na cidade e na estrada, respectivamente.
A mecânica foi só um dos motivos que fizeram os consumidores escolherem o Commander como campeão de sua categoria, o outro foi seu espaço e conforto. O SUV consegue acomodar bem pessoas adultas no banco traseiro, mas a terceira fileira é um tanto apertada, sendo mais indicada para as crianças. Já o porta-malas tem 233 litros quando todos os bancos estão armados, mas basta rebater a terceira fila para o volume subir para 661 litros, podendo chegar ao máximo de 1.760 litros, quando as duas fileiras estiverem abaixadas.
Mesmo custando cerca de R$ 20.000 a menos que a versão imediatamente superior, o Commander de entrada não deixa a desejar e traz itens como quadro de instrumentos digital de 10,25” e central multimídia com tela de 10,1” Full HD com Apple Carplay e Android Auto sem fio, assentos dianteiros com ajustes elétricos, faróis full led, retrovisores externos elétricos e seis airbags.
Porém, ele fica devendo quando o assunto são os assistentes de condução. Não há piloto automático adaptativo, assistente de mudança de faixa, frenagem autônoma de emergência, alerta de colisão e leitura de placas de trânsito. O Commander básico também perde o airbag de joelhos das versões mais caras.
Mas é o que pode-se esperar, já que o Commander Limited é exatamente R$ 19.600 mais barato que a Limited, logo acima e que já traz todas as tecnologias semiautônomas, saindo por R$ R$ 234.590. Essa versão se torna vantajosa inclusive em relação ao irmão menor que na versão topo de linha com o motor 1.3 turbo, a Série S, custa mais de R$ 10.000 mais caro, saindo por R$ 243.390. A questão fica ainda mais critica pro Compass se levarmos em consideração o preço que essa versão tem sido vendida no mercado. O desconto chega a mais de R$ 16.200 para essa versão do Commander em promoção por R$ 218.390.
Mas o problema é quando olha-se para os rivais, já que o Caoa Chery Tiggo 8 custa R$ 239.990, e tem como atrativo mais equipamentos e um trem de força híbrido, ajudando a ser mais (bem) mais econômico que o SUV da Jeep.