A JAC Motors confirmou nesta quinta-feira (4) o lançamento do T40 automático no Brasil. A nova versão do SUV compacto adotará o mesmo câmbio do T5 e será apresentada no dia 16 de abril. O modelo também ganhará um novo motor, que substituirá o atual 1.5 usado pela versão manual.
Segundo fontes da empresa, o novo motor será um 1.6 16V flex aspirado com duplo comando de válvulas e variador de fase. Os números são um mistério, mas devem superar com certa folga os 127 cv do 1.5 atual. O T40 manual também ganhará o novo motor e, por conta disso, deverá ir além dos R$ 57.990 cobrados atualmente. Já o T40 CVT ficará posicionado na faixa até R$ 65 mil.
Apesar de ser o único lançamento confirmado, nos bastidores a marca prepara uma ofensiva de novidades para o mercado nacional. A sequência de lançamentos inclui um SUV abaixo do T40 (com porte do Renault Kwid), uma van menor que a T8 e uma picape média 4×4 turbodiesel para disputar o segmento de Toyota Hilux e Chevrolet S10.
A incerteza fica por conta do SUV grande S7 – que se chamaria T70 no Brasil, para evitar problemas com a Audi. Segundo um executivo que preferiu não se identificar, o entrave se dá por conta da faixa de preço em que o modelo se situará, acima dos R$ 100 mil.
A onda de novidades da JAC vem na esteira de uma série de discussões e polêmicas envolvendo a marca e o governo.
A empresa precisou de uma liminar para se manter no Inovar-Auto após ter sido condenada a pagar R$ 180 milhões referentes a incentivos fiscais obtidos pelo programa. A disputa envolve a fábrica da empresa no País, que saiu de Camaçari (BA) e migrou para Goiás.
Ainda não há confirmação oficial, mas é certo que a JAC irá montar sua fábrica no que sobrou da unidade fabril da HPE em Itumbiara (GO), responsável pela montagem local do Suzuki Jimny.
Outro fator que poderia atrapalhar os planos da JAC é a indefinição sobre o Rota 2030, que ainda não foi aprovado pelo governo. A empresa, contudo, não espera que o sucessor do Inovar-Auto cause interferências em seus planos, pois é improvável que o Rota 2030 repita a política de cotas do programa anterior. Essa limitação foi a principal reclamação de outros países na OMC (Organização Mundial do Comércio), que se refletiu em uma condenação do Brasil no órgão.