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Idade do óleo lubrificante é tão importante quanto a quilometragem?

O fluído tem prazo de troca estabelecido, mas análise mostrou que o tempo não é o mais importante

Por Julio Cabral
Atualizado em 15 mar 2024, 16h22 - Publicado em 1 mar 2024, 10h26
Segundo o estudo, o prazo de troca do óleo tem mais ligação com a quilometragem
Segundo o estudo, o prazo de troca do óleo tem mais ligação com a quilometragem (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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A instrução de trocar o óleo com base no tempo é lembrada por muitos motoristas, no entanto, um laboratório de testes mostrou que não é bem assim. Em um experimento feito pelo Blackstone Laboratories, dos Estados Unidos, foi descoberto que o senso comum não está certo.

O resultado foi divulgado em um podcast da própria instituição. Embora o programa tenha ido ao ar há um tempo, o assunto começou a repercutir mais recentemente, tendo sido explorado por veículos de imprensa estrangeiros.

Tudo começou quando o apresentador Joe Adams pegou uma garrafa meio cheia do óleo Mobil 10W40 da prateleira. Como o fluido já tinha 14 anos de idade, o host entrou em contato com o fabricante para saber mais. De acordo com a Mobil, o material já não teria as propriedades de lubrificação e proteção do motor, mas sem conseguir explicar as causas. Foi nessa hora que a Blackstone foi atrás. 

O laboratório testou as características em quesitos como aditivos, conteúdo de água, ponto de ignição, ponto de inflamação, materiais insolúveis e a capacidade de neutralizar o malefício de alguns ácidos. O óleo de 2010 passou com louvor. 

O passo seguinte foi usar vários óleos antigos de outros fabricantes para ver se o resultado era o mesmo. Para tal, carros de idades e quilometragens diferentes serviram de cobaias. 

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Até modelos negligenciados foram aprovados, como é o caso de um Lincoln Town Car que não trocava o óleo há cinco anos. Nem se sabe a quilometragem da última troca, mas ele foi aprovado. O mesmo aconteceu com uma picape F-350 7.3 diesel. Para termos uma ideia da confiança do laboratório, até um Porsche 911 (993, a última e valorizada geração com motor refrigerado a ar) 1995. O esportivo se saiu bem mesmo com o uso de um óleo de dez anos de idade.  No final, a conclusão é que a idade do óleo importa menos do que a quilometragem rodada.

O resultado do estudo pode impactar significativamente a forma como os proprietários de carros abordam a manutenção, abrindo margem para economizar dinheiro e reduzir o desperdício de óleo, evitando trocas desnecessárias. Mas é importante atentar que os óleos antigos não passaram anos dentro do motor, mas sim dentro de recipientes adequados.

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