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Honda, Toyota e Nissan têm carros populares a partir de R$ 30.000 no mundo

Mesmo em países ricos, não faltam opções de carros até melhores que os vendidos no Brasil, mas por preços muito mais baixos do que pagamos

Por Eduardo Passos
Atualizado em 24 Maio 2023, 23h21 - Publicado em 24 Maio 2023, 12h07
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  • Recentemente, marcas como a Citroën popularizaram, no Brasil, o uso de plataformas simplificadas. Em linhas gerais, pega-se o que há de arquitetura e estrutura veicular utilizados para carros de países ricos e corta-se custos onde é possível: uma suspensão mais simples (e desconfortável), sistemas de segurança menos robustos e por aí vai.

     

     

    Por conta de coisas assim, pode até surpreender descobrir que montadoras com presença global têm modelos ainda mais simples em outros mercados. Em certos casos, a simplificação não está na tecnologia do carro em si, mas em aspectos como potência ou tamanho, por exemplo.

     

     

    O preço, em compensação, cai junto, inclusive com renúncias nem sempre tão grandes e em mercados onde o poder aquisitivo da população é ainda maior que o do Brasil. Confira a lista de carros que não existem em nosso país e surpreendem por conta do que oferecem e quanto custam por isso:

    Renault Triber – R$ 38.020

    Ele tem estilo de Kwid e plataforma de Kwid, mas… leva sete pessoas. Na prática, o Renault Triber é basicamente uma versão de sete lugares do subcompacto fabricado no Brasil, com foco naquele que é o novo país mais populoso do mundo, a Índia (ele também é vendido na África do Sul).

    Versão de sete lugares do Kwid é vendida muito mais barato que modelo nacional
    Versão de sete lugares do Kwid é vendida muito mais barata que modelo nacional (Divulgação/Renault)

    Após a estreia em 2019, veio o facelift em 2021, que não trouxe todas as novidades estéticas do irmão mais novo mas, ainda assim, tem detalhes como o teto em preto e para-choques na cor da carroceria. Curiosamente, o Triber, com seus 3,99 m de comprimento, mantém o motor 1.0 de 72 cv e míseros 9,8 kgfm, que é oferecido com câmbio manual de cinco marchas ou uma opção automatizada por ação eletromecânica.

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    Exceto pelos assentos extras (e volante à direita), interior é idêntico ao do Kwid
    Exceto pelos assentos extras (e volante à direita), interior é idêntico ao do Kwid (Divulgação/Renault)

    A versão básica do Renault Triber custa o equivalente a R$ 38.020 e traz ar-condicionado, assistente de partida em rampa, dois airbags e controle de tração, entre outros recursos.

    Tamanho é incomum para um carro de sete lugares
    Tamanho é incomum para um carro de sete lugares (Divulgação/Renault)

    Nissan Magnite – R$ 36.000

    Com a mesma plataforma CMF-A do Kwid, a Nissan conseguiu sucesso na Índia com um SUV compacto inferior ao Kicks, o Magnite. Sua chegada ao Brasil, inclusive, foi especulada diversas vezes, mas ficou por isso mesmo.

    Venda do Magnite no Brasil foi especulada por alguns veículos de imprensa
    Venda do Magnite no Brasil foi especulada por alguns veículos de imprensa (Divulgação/Nissan)
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    Com design moderno e pacote de equipamentos que poderia tranquilamente concorrer com modelo consagrados no mercado nacional, o Magnite mais barato parte de R$ 36.000, contando com o mesmo 1.0 aspirado do Triber.

    Interior é equivalente ao de SUVs compactos vendidos no nosso país
    Interior é equivalente ao de SUVs compactos vendidos no nosso país (Divulgação/Nissan)

    Versões mais caras trazem motor 1.0 turbo, que rende 100 cv e 16,3 kgfm. Entre os equipamentos de série de toda a linha, há ar-condicionado, direção elétrica e sensor de estacionamento. Versões mais caras acrescentam à lista itens como faróis em leds, rodas de liga leve, e 15’’ de telas divididas entre quadro de instrumentos e central multimídia.

    Honda N-WGN – R$ 46.594

    Entre seus vários produtos icônicos, o mercado automotivo japonês se destaca pelos famosos kei cars, raramente vistos fora do arquipélago asiático. São carros de performance tímida e tamanho reduzido: costumam ter, no máximo, números na casa de 70 cv e 3,4 m de comprimento e são feitos sob medida para as apertadas ruas locais, também gozando de impostos bem mais leves que os de veículos convencionais.

    Os chamados kei cars são famosos pelo tamanho diminuto e pela motorização reduzida
    Kei cars são solução eficiente para as metrópoles japonesas, também gozando de isenção fiscal (Divulgação/Honda)
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    O Honda N-WGN é uma das opções mais baratas disponíveis, com preço partindo do equivalente a R$ 46.594 — a curiosa versão de tração integral sai por R$ 51.368. Valores que dizem respeito a um veículo de 3,4 m de comprimento e espaço para quatro pessoas.

    Mas não se engane: acabamento interno é de qualidade surpreendente
    Mas não se engane: acabamento interno é de qualidade surpreendente (Divulgação/Honda)

    O motor 0.6 pode ser aspirado ou turboalimentado. Nesses casos, potência e torque variam entre 56 cv e 6,6 kgfm e 64 cv e 10,6 kgfm, respectivamente. O consumo pode bater números tão bons quanto 29,0 km/l de gasolina na cidade, com ajuda do câmbio CVT de série.

    Tudo isso com bom acabamento, quadro de instrumentos digital e amplo sistema de segurança. Racionalidade que faz sucesso no Japão.

    Toyota Pixis Epoch
    Toyota Pixis Epoch tem menos cara de minivan e mais de subcompacto (Divulgação/Toyota)
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    Toyota Pixis Epoch – R$ 30.834

    Ainda menor e mais barato que o Honda N-Wagon é o Toyota Pixis Epoch, compacto até para os padrões dos kei cars. Apesar das quatro portas e espaço para quatro pessoas, o carrinho tem meros 3,3 m de comprimento e 1,47 m de largura.

    O motor também é um 0.6 (tamanho limite para os kei), capaz de gerar 49 cv e 5,8 kgfm, também com câmbio CVT. O consumo do Pixis Epoch, que custa o equivalente a R$ 30.834, pode bater 35,2 km/l, dependendo do ciclo de medição.

    Ausência do console central economiza espaço precioso
    Ausência do console central economiza espaço precioso (Divulgação/Toyota)

    Assim como o carrinho rival, o modelo da Toyota manda bem em quesitos de segurança: há alerta de frenagem, farol alto automático, airbags de cortina e até um sistema que detecta quando o motorista pisou no pedal errado, freiando o veículo automaticamente.

    Hyundai Grand i10 – R$ 34.372

    Enquanto o HB20 faz sucesso no Brasil, os indianos contam com outro compacto à venda, o Hyundai Grand i10, que é 20 cm menor. Seu design pode, inclusive, lembrar o hatch brasileiro antes do facelift de 2022, principalmente na dianteira, mas o preço passa longe de ser parecido com o praticado no mercado nacional.

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    Hyundai Grand i10 (2)
    Hyundai Grand i10 é equivalente do HB20 em outros mercados emergentes (Divulgação/Hyundai)

    A versão básica do Grand i10 custa o equivalente a R$ 34.372 — menos da metade um HB20 básico. Por esse montante, o comprador indiano têm à disposição um carro com motor 1.2 aspirado de 69 cv e 9,7 kgfm, com transmissão manual de cinco marchas.

    Hyundai Grand i10 (2)
    Hyundai Grand i10 (Divulgação/Hyundai)

    O interior do Grand i10 está à altura de qualquer modelo mais barato do Brasil, com destaque para o sistema start-stop, central multimídia, saídas de ar traseira e seis airbags de série. Melhor que vários carros que superam os R$ 100.000 aqui.

    Hyundai Grand i10 (1)
    Não surpreende que o interior seja parecido com o do compacto brasileiro (Divulgação/Hyundai)

    Volkswagen Polo Vivo

    Enquanto a Volkswagen do Brasil criou o Polo Track para substituir o Gol, a sucursal da África do Sul conta com o Polo Vivo. É o Polo da geração passada, que não tivemos no Brasil.

    Volkswagen Polo Vivo é vendido na África Sul de modo análogo ao nosso Polo Track
    Volkswagen Polo Vivo é vendido na África Sul de modo análogo ao nosso Polo Track (Divulgação/Volkswagen)

    A versão básica tem rodas de aro 14 com calotas, par de airbags, controle de estabilidade e rádio com tela monocromática e Bluetooth. O motor é 1.4 aspirado, como o da velha Kombi, com 75 cv e 13,2 kgfm, com transmissão manual.

    Kia Picanto

    Quem tem boa memória, lembrará do Kia Picanto, que foi vendido no Brasil entre 2006 e 2020. Na Coreia do Sul, ele continua sendo comercializado sob o nome de Kia Morning, com sua terceira geração reestilizada recentemente.

    MY21 Picanto PE GT-Line
    Kia Picanto segue firme e forte em outros mercado, com preço camarada (Divulgação/Kia)

    Por R$ 44.257, os sul-coreanos têm à disposição a versão básica, Morning Minus, com motor 1.0 de 76 cv e 9,7 kgfm, sempre com câmbio automático de quatro marchas. Ele custa o equivalente a R$ 44.257, já incluindo seis airbags, assistente de partida em rampa e controle de estabilidade.

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