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GM pode pagar U$ 2 bi por parcela da divisão de metais básicos da Vale

Montadora avançou para segunda fase de licitações e está atrás de uma fonte de cobre e níquel para a produção de carros elétricos

Por João Vitor Ferreira
10 fev 2023, 16h18
bolt produção
 (Divulgação/Chevrolet)
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Com a era dos carros elétricos se aproximando, as montadoras se agilizam como podem para montar suas cadeias de suprimentos. Afinal, as baterias para os motores elétricos exigem matérias primas diferentes dos carros a combustão.

Na busca por garantir seus fornecedores, a GM está negociando uma pequena fatia da recém-criada cisão de metais básicos da mineradora Vale. A montadora avançou para a segunda fase de licitações por uma participação minoritária no negócio da empresa brasileira.

No ano passado, duas empresas já haviam fechado um acordo para a compra de suprimentos de níquel. À ocasião, uma filial canadense da Vale garantiu o fornecimento de longo prazo de sulfato de níquel para baterias da GM. Por estar no Canadá, a entrega goza de acordos de livre comércio.

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De acordo com fontes anônimas ouvidas pela Bloomberg, a Vale, que também fornece metais básicos para a Tesla, poderá lucrar cerca de U$ 2 bilhões com o negócio. Além da GM, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e a empresa japonesa Mitsui & Co também estão interessadas no negócio de metais básicos da mineradora.

Chevrolet Blazer EV
Vale e GM já haviam fechado um acordo em 2022 para o fornecimento de níquel (Divulgação/Chevrolet)

Com o crescimento na produção de carros elétricos, as demandas por níquel subirão 50% por ano, enquanto as de cobre tendem a aumentar 29%, como informa a Vale. Por isso, a empresa está separando a divisão de metais básicos da mineração de ferro, seu principal negócio. 

Embora a mineradora não tenha confirmado nada sobre a negociação com a GM, eles já afirmaram que estão com conversas avançadas com parceiros de “alto perfil” e que possuem “profunda experiência em transição de EV”. A intenção da Vale é fechar um acordo até o primeiro semestre deste ano.

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Do lado da GM, a empresa corre para construir uma cadeia de suprimentos vertical para alimentar a segunda fase do seu programa de eletrificação. Em janeiro, a montadora fechou um acordo de U$ 650 milhões com a Lithium Americas Corp. para estabelecer a maior fonte de lítio conhecida nos EUA. Com o acordo, a GM garantiu acesso exclusivo à primeira fase de produção, que deve começar em 2026 e garantirá a construção de um milhão de EVs por ano.

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