GM e PSA devem rever termos de parceria
Empresas manifestam vontade de seguir caminhos distintos

General Motors e PSA/Peugeot-Citroën podem rever os termos da aliança firmada entre as empresas. Os franceses estão negociando a vendas de ações para a chinesa Dongfeng, enquanto a empresa norte-americana pretende expandir seus domínios na Europa.
Passando por uma grave crise financeira, a PSA tenta se associar à Dongfeng para afastar qualquer risco de falência. Enquanto o acordo não se concretiza, alguns projetos desenvolvidos em conjunto com a GM, como uma nova plataforma de carros compactos, devem ser cancelados. Este projeto daria origem aos substitutos de Peugeot 208, Citroën C3 e Opel Corsa e era visto como “ponto chave” da parceria, segundo analistas de mercado.
Apesar da turbulência, o porta-voz da PSA, Jean-Baptiste Thomas, declarou que a aliança com a GM está indo conforme o planejado. “Temos outros projetos sendo reanalisados neste momento. Alguns não são economicamente viáveis, e é por isso que eles serão cancelados, mas estamos analisando-os um a um”, afirmou.
No começo do mês, a PSA anunciou planos de produzir uma minivan em uma planta da GM na Espanha. Além de dar origem à nova Citroën C4 Picasso, o modelo também seria lançado pela Opel, aposentando a atual Meriva europeia.
A parceria firmada entre PSA e GM foi uma das medidas tomadas pelo atual CEO da PSA, Philippe Varin, para amenizar a situação econômica da empresa. A intenção do executivo era cortar custos ao desenvolver projetos em conjunto.
A GM adquiriu 7% das ações da PSA em fevereiro de 2012. Logo depois da assinatura, as marcas confirmaram o desenvolvimento de cinco novos modelos, mas os planos sofreram um forte baque oito meses depois, quando a GM revelou que sua parceira chinesa SAIC vetaria projetos GM-PSA, incluindo modelos de luxo. A marca norte-americana também recusou uma possível fusão entre Opel (que também passa por um momento delicado) e PSA.