Desde o anúncio de reestruturação feito em novembro do ano passado, a General Motors já havia cortado 10.000 postos de trabalho nos EUA e no Canadá. Nesta semana, a empresa iniciou o processo de demissão de mais 4.000 funcionários – a maioria de cargos executivos.
A medida faz parte de uma estratégia para recuperar as finanças da companhia, economizando cerca de US$ 3 bilhões até o final de 2019 e US$ 6 bilhões até o fim de 2020.
Os recursos serão utilizados para investimentos em novas tecnologias e carros autônomos, segundo a CEO, Mary Barra.
Por outro lado, o maior fabricante dos EUA informou que vai contratar 1.000 trabalhadores em sua fábrica de Flint, Michigan, para a produção de picapes, priorizando colaboradores que foram demitidos recentemente pela empresa.
Cinco fábricas da GM devem ser desativadas de acordo com o planejamento – três de carros e duas de peças – devido à queda nas vendas de sedãs no mercado norte-americano. Com isso, foram descontinuados os modelos Chevrolet Cruze, Volt e Impala, Buick LaCrosse e Cadillac XTS.
A ideia é concentrar esforços nos segmentos de picapes e SUVs, que cresceram mais de 20% desde 2013 e são formados por veículos mais caros e, portanto, mais lucrativos.
A GM não é a única montadora a passar por dificuldades. A Ford anunciou há um mês que faria cortes significativos de empregos na Europa, encerraria a produção de modelos com vendas em baixa e fecharia algumas fábricas.
A Tesla também afirmou no mês passado que cortaria 7% de sua força de trabalho, ou cerca de 3.000 funcionários.