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Funcionários da Audi protestam confiscando chaves de 200 unidades do Q8 e-tron

Com fim da produção do Q8 e-tron a caminho, empregados questionam futuro da fábrica na Bélgica

Por Nicolas Tavares
10 set 2024, 18h06
audi q8 e-tron
 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O Grupo Volkswagen tem lidado com diversos protestos contra possíveis fechamentos das fábricas da empresa na Europa. Enquanto a situação na Alemanha ainda é incerta e nada foi decidido, a Bélgica está com um problema bem mais sério, pois a fabricante já confirmou que irá encerrar a produção em Bruxelas, o que levou a uma greve dos funcionários.

A fábrica de Forest já montou diversos modelos, como as cinco primeiras gerações do Volkswagen Golf e quatro do Passat. Hoje, o único carro a sair de lá é o Audi Q8 e-tron e sua variante Sportback. O complexo está parado desde julho, quando a Audi anunciou que iria reestruturar sua operação e que estudava parar a produção do Q8.

Nesta segunda-feira (9), o Grupo Volkswagen confirmou que não tem planos de introduzir um novo modelo para ser produzido em Bruxelas, o que significa que a fábrica será fechada. A única esperança para os trabalhadores é que o complexo seja vendido.

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A situação está tão ruim que um grupo de 100 funcionários iniciou um protesto, incendiando pneus e usando fogos de artifícios. A ira dos empregados cresceu após terem encontrado a fábrica fechada quando chegaram para trabalhar.

Fábrica da Audi em Bruxelas (Bélgica)
Fábrica da Audi em Bruxelas (Bélgica) (Divulgação/Audi)

Segundo Felice Di Franco, um dos trabalhadores que conversou com o Brussels Times, o fechamento temporário foi anunciado durante a noite do último domingo. O comunicado enviado para os empregados dizia que a fábrica ficará fechada até a produção “normal” seja retomada e os veículos sejam entregues para os concessionários.

Felice diz ainda que a Audi não está pagando os empregados e que a empresa tem se negado a responder. Um oficial de justiça foi até o local e escreveu um relatório sobre o fato, confirmado pelo governo e que também não recebeu uma resposta por parte da gerência da fábrica.

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A Audi estaria respondendo a um outro protesto dos funcionários, que pegaram as chaves de aproximadamente 200 veículos da linha de produção e que não devolveriam até que a fabricante dê explicações sobre o futuro do complexo fabril. A empresa chegou a ameaçar entrar com um processo na justiça caso as chaves não fossem devolvidas.

Pelos planos da Audi, cerca de 1.500 funcionários dos mais de 3.000 empregados perderão o emprego em outubro, com mais 1.100 deixando a linha de produção no ano que vem. O terceiro e último grupo deixaria de trabalhar no final de 2025.

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