O presidente do Grupo Abril, Walter Longo, abriu o Fórum Mobilidade, evento realizado pelas revistas QUATRO RODAS e SUPERINTERESSANTE para debater o futuro da mobilidade nas grandes cidades.
Longo ressaltou que o trânsito é um dos grandes problemas das metrópoles, mas não é o único.
“Todos nós contribuímos, de uma forma ou outra, para melhorar ou piorar a mobilidade. E o trânsito é o sistema circulatório do organismo chamado cidade. Mas não adianta concentrar nossos esforços para resolver apenas o problema do trânsito. É preciso resolver, sim, o problema das pessoas que vivem nas grandes cidades”.
O executivo afirmou que nada vai melhorar se as autoridades competentes não analisarem quais são os principais problemas a serem resolvidos.
ASSISTA À APRESENTAÇÃO NA ÍNTEGRA:
“Ferramentas como Waze e Uber fizeram mais pela mobilidade urbana do que todos os departamentos de trânsito juntos. Precisamos de automóveis inteligentes, ruas inteligentes e cidades inteligentes, mas principalmente de governadores inteligentes”.
Longo também comentou sobre a “demonização” do automóvel e disse que os carros não são o principais vilões das grandes cidades.
“Restringir o uso dos automóveis é uma medida que deveria ser revista. Basta lembrar o exemplo de Londres, onde se cobra pedágio para quem circula na região central e mesmo assim muitos habitantes utilizam os carros, mesmo com um transporte publico eficiente”, ponderou.
“Não podemos continuar aceitando a escolha do automóvel como inimigo público número 1. Não é e não deve continuar sendo assim. Dirigir sempre foi, e pode continuar sendo, uma fonte de prazer, autonomia e liberdade, mas a má gestão das cidades está acabando com isso. As pessoas estão perdendo a vontade de dirigir”, concluiu Longo.