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Ford Souza Ramos fecha as portas após 50 anos; relembre suas criações

Grupo fundado em 1967 após a compra de rede antiga rede de lojas teve braço responsável pela criação de icônicos 'fora de série' brasileiros

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Igor Macario
Atualizado em 13 Maio 2021, 14h50 - Publicado em 25 mar 2021, 20h24
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  • souza ramos
    Picape Ford F-1000 transformada em SUV pela SR Souza Ramos (Acervo/Quatro Rodas)

    Quem acompanha o mercado automotivo brasileiro pelo menos ao longo dos últimos 50 anos já deve ter ouvido num nome emblemático, o da rede de concessionárias paulistana Souza Ramos, históricamente ligada à Ford, sendo um dos principais revendedores da marca em São Paulo.

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    Agora, diante da mudança nas operações da marca, que deixou de produzir veículos no Brasil, a Ford Souza Ramos comunicou em seu site decidiu fechar as portas por completo, encerrando sua rica história com a marca do oval azul.

    Comunicado do site da Ford Souza Ramos
    Comunicado do site da Ford Souza Ramos (Reprodução/Internet)

    Mas se engana quem pensa que a Souza Ramos foi apenas uma rede de concessionárias como qualquer outra. Entre 1979 e 1996 havia a SR Veículos Especiais, uma divisão do grupo, responsável por diversas criações únicas para o mercado brasileiro, sempre usando como base modelos da Ford.

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    Um dos fortes da empresa era a transformação das picapes da marca em modelos com cabine dupla, utilitários esportivos e até furgões. Quem não se lembra das luxuosas SR Ibiza feitas com base nas picapes F-1000, ou das Pampa SR, cabine dupla, lançadas décadas antes da primeira Fiat Strada do tipo?

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    Perua Maverick
    Transformada pela Souza Ramos, era feita a partir do sedã (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    O mercado dos “fora de série” brasileiros surgiu com a proibição das importações de veículos novos entre 1976 e 1990, para impulsionar a indústria nacional. Para contornar as limitações da época, várias empresas surgiram, modificando modelos produzidos aqui para oferecer algo diferente ao mercado.

    Pampa SR XP
    Pampa SR XP (Souza Ramos/Divulgação)

    Daí, surgiram modelos como a perua Maverick, não oferecida por aqui pela Ford, e os SR Max Sport, uma F-1000 cabine dupla pra lá de modificada. Algumas das transformações adicionavam grandes quantias ao valor do veículo original, o que os transformaram em cobiçados itens de luxo.

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    Ka SRT
    Ka SRT tinha motor 1.0 turbo com kit da Souza Ramos (Souza Ramos/Divulgação)

    As criações da Souza Ramos continuaram após a abertura das importações, mas em ritmo bem mais lento. Depois do fim da divisão de Veículos Especiais, as concessionárias ainda ofereciam kits de preparação, como o feito para o Ka 1.0 com motor Zetec Rocam.

    O KA SR T (Souza Ramos Turbo) lançado em 2000 chegava a 78 cv com um turbo e tinha até entrada de ar no capô e rodas especiais, numa época em que motores turbo de pequeno volume ainda eram raridade. O kit era anunciado a R$ 3.990, na época, ou R$ 21.683 (IGP-M) de hoje.

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    A Souza Ramos também foi responsável pela venda de caminhões da Ford no Brasil desde 2003 até o fim da fabricação dos modelos em 2020.

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    Vale lembrar que o Grupo Souza Ramos também é responsável pela importação, comercialização e produção dos carros da Mitsubishi e da Suzuki, que não serão afetadas pela decisão.

    Encolhimento da rede de concessionárias Ford

    Mesmo após mais de três meses do anúncio de que a Ford encerrará toda a produção de automóveis no Brasil até o fim de 2021, o litígio entre a fabricante e sua rede de concessionárias está longe de ter um desfecho.

    O número de concessionárias pode ser reduzido a 1/4 das atuais 280 que compõem a rede e mesmo as que pretendem se manter na rede não estão completamente felizes.

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    Isso porque os grupos que se desligarem da Ford terão direito a uma indenização da Ford. As demais também estariam pleiteando uma indenização, já que esperam queda nas vendas e na rentabilidade de suas lojas ao passar a vender apenas carros novos importados e que custam a partir de R$ 170.000. Há quem defenda o desligamento com a Ford para depois fechar um novo contrato de concessão.

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    capa 743
    (Arte/Quatro Rodas)
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