Ford confirma versões cabine simples e chassi da Ranger para o Brasil
Novo investimento na Argentina adicionará duas novas versões da picape, aumentando a capacidade anual para 80 mil unidades

A Ford vai aumentar a produção da Ranger na sua fábrica de Pacheco, na Argentina, com um novo investimento de 40 milhões de dólares. O valor se soma aos 660 milhões já aplicados desde 2023, totalizando 700 milhões de dólares dedicados à nova geração da picape. Este aporte será usado para começar a produção das versões de cabine simples e cabine-chassi da picape média.
O objetivo é elevar a capacidade anual de produção para 80 mil unidades. Isso representa um crescimento de 30% em relação a 2024 e de 45% sobre 2023 quando a atual geração começou a ser fabricada na região. A decisão acompanha a crescente demanda da Ranger na América do Sul.

Entre as novidades estão as configurações cabine simples e chassi, já apresentadas na última Fenatran e voltadas ao público comercial. As duas versões serão produzidas na Argentina e chegarão ao mercado brasileiro ainda em 2025.
Metade dessa produção tem como destino o mercado brasileiro, onde a picape vem alcançando resultados inéditos. Em 2024, foram 28 mil unidades vendidas, um crescimento de 60% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2025, o ritmo segue forte, com alta de 25% sobre o mesmo período do ano passado.
Além do Brasil, a Ranger também é exportada para países como Chile, Peru, Colômbia, Paraguai e Uruguai. A montadora afirma que a ampliação busca justamente atender a esse crescimento consistente na região.
Para que o novo ritmo de montagem seja viável, a fábrica irá contratar mais 150 funcionários. Eles se somam aos 160 que já haviam sido admitidos no início do ano. A fábrica opera com foco em eficiência ambiental, utilizando energia renovável, controle de emissões e descarte zero de resíduos.
Outra frente de modernização foi a criação de uma área dedicada à produção de motores. Lá, são fabricados dois propulsores que equipam a Ranger na região: o 2.0 turbodiesel, com 170 cv e 41,3 kgfm, e o V6 3.0, com 250 cv e 61,2 kgfm.
A verticalização também permite que a montadora reduza a dependência de componentes importados. Garantindo mais controle sobre prazos e custos logísticos, algo essencial diante das variações do mercado global.

O novo investimento também prepara o terreno para novas versões da picape. A Ford confirmou o lançamento das configurações chassi e cabine simples, voltadas ao público comercial e já exibidas na última Fenatran.
Segundo Martín Galdeano, presidente da Ford América do Sul, o desempenho da nova geração superou as expectativas da empresa. O aporte adicional seria, segundo ele, uma resposta a essa demanda acima do previsto, com foco em manter o ritmo de expansão da linha na América do Sul.