Mesmo sendo vendido apenas com o motor 1.3 Firefly de 109 cv e câmbio manual, o Fiat Argo Trekking é a segunda versão mais vendida do modelo (representa 30% do total de suas vendas).
Esses números podem melhorar com o lançamento da opção com motor 1.8 E.torQ de 139 cv e câmbio automático, que já está no site da fabricante.
A única barreira deve ser o preço: R$ 68.990. Na prática, custa R$ 9.000 mais caro que a versão 1.3 e é R$ 1.000 mais em conta que o Argo HGT, que tem visual e acerto de suspensão esportivo, mas o mesmo conjunto mecânico.
A versão Trekking também tem suspensão diferenciada. Mas neste caso é elevada para deixar a parte inferior da carroceria livre de raspões. Ainda tem pneus Pirelli de uso misto, logotipos com fundo preto e o teto é sempre pintado na cor preta.
Como na versão 1.3, o Trekking 1.8 tem de série faróis com luzes diurnas integradas e central multimídia Uconnect com tela de 7 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, faróis de neblina e banco do motorista com regulagem de altura.
O que ele tem a mais são as rodas de liga-leve aro 15 pretas. Pode-se pagar a mais por ar-condicionado automático, quadro de instrumentos com tela colorida para o computador de bordo e pela câmera de ré.
Mas não dá para ter os controles de estabilidade e tração, nem assistente de partida em rampa. O Argo Trekking torna-se, assim, o único Fiat com motor 1.8 e câmbio manual sem estes equipamentos de segurança. Melhor reconsiderar o HGT.
Efeito paliativo
O que se esperava inicialmente era que o Argo Trekking seria responsável pelo lançamento de novo câmbio CVT combinado ao motor 1.3 de 109 cv. Contudo, este novo conjunto só deverá ser lançado em 2020.
Além disso, o próprio Argo Trekking 1.8 AT está em uma faixa de preço que, futuramente, poderá abrigar os novos SUV compacto e SUV cupê que a Fiat está desenvolvendo para o Brasil. Eles serão baseados na plataforma do Argo e serão posicionados abaixo dos Jeep Renegade e Compass.
O primeiro carro, previsto para aparecer entre o final de 2020 e o princípio de 2021, terá o motor 1.3 aspirado nas versões de entrada e o GSE T3, 1.0 turbo de três cilindros com 120 cv nas mais caras, ambas com câmbio CVT. O cupê deverá utilizar a mesma mecânica, mas só chega em 2021.