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Estes dez carros flex são mais econômicos (e baratos) que carros híbridos

Ainda há muitos motores a combustão que são mais econômicos que permitem consumos melhores que o dos principais carros híbridos

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 24 set 2024, 09h25 - Publicado em 24 set 2024, 09h00

Os carros híbridos chegaram para mudar o patamar de consumo dos veículos. Com a combinação do motor a combustão com sistemas elétricos de diferentes tipos, esses carros conseguem reduzir o gasto com combustível e ampliar a autonomia.

Essa é a teoria. Na prática, ainda temos bons modelos puramente a combustão que não fazem feio frente aos eletrificados. Muitos desses carros, em especial com câmbio automático e motor turbo, não ficam muito atrás no consumo, tornando-os opções mais baratas e igualmente econômicas.

Separamos alguns carros a combustão que, mesmo sem nenhum auxílio elétrico, conseguem atingir médias de consumo tão boas quanto de alguns carros híbridos.

Vale lembrar que todos os dados mostrados são baseados nos testes de consumo da QUATRO RODAS, que segue um mesmo ciclo de medição e permite comparabilidade. Levaremos em consideração apenas os consumos em ciclo rodoviário com gasolina, já que é nele onde o motor térmico tem maior eficiência e apenas a Toyota tem carros híbridos flex.

Volkswagen Polo

Estes dez carros flex são mais econômicos (e baratos) que carros híbridos — Independente do conjunto mecânico, o Polo é capaz de entregar boas médias de consumo na estrada e superar híbridos mais avançados tecnologicamente (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Começando pelo hatch da VW, o Polo se destaca como um dos carros mais econômicos do segmento. E aqui vale destacar todas as versões do modelo.

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Em suas variantes mais básicas, com motor 1.0 aspirado de 77 cv (gasolina) e câmbio manual de cinco marchas, ele atinge médias de consumo na estrada de 17,6 km/l. É um número melhor que o de modelos híbridos plug-in bem recentes, como os BYD King (16,7 km/l), Song Plus (16,1 km/l) e Song Pro (14,8 km/l).

Mas não é só essa versão básica que brilha. Acima dele temos o Polo 1.0 TSI, que troca o motor 1.0 aspirado pelo turbo de 109 cv (gasolina) mas mantém a caixa manual de cinco marchas, tem uma média ainda melhor: 19,5 km/l. Já esse conjunto com o câmbio automático de seis marchas chega aos 18,6 km/l em regime rodoviário.

Nem mesmo o esportivo Polo GTS fica atrás. Mesmo que o seu motor 250TSI, o 1.4 turbo de 150 cv com câmbio automático de seis marchas, seja mais “beberrão”, ele ainda conseguiu médias de 16,4 km/l, sendo mais econômico que a dupla de SUVs da BYD.

Volkswagen Virtus

Virtus 2025 — A motorização é a mesma do Polo, por isso, os números de consumo na estrada são tão bons (Divulgação/Volkswagen)

Ainda dentro da família da VW, o Virtus também não faz feio quando o assunto é economia. Na estrada, os modelos com motor 200 TSI de 116 cv e câmbio manual (o mesmo conjunto do Polo), chegam a ótima média de 19,5 km/L. Com isso, ele não supera apenas o sedã King, como também o GWM Haval H6 PHEV GT (19 km/l), o Corolla Altis Hybrid (15,7 km/l) e o Honda Civic (17,9 km/l).

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A versão Exclusive é a única com o motor 250 TSI, mas a sua média é um pouco mais discreta, sendo de 16,5 km/l. Ainda assim, é o bastante para consumir menos do que muitos híbridos na estrada.

Chevrolet Onix e Onix Plus

Chevrolet Onix LTZ testado por QUATRO RODAS — Chevrolet Onix tem médias na casa dos 18 km/l tanto para o hatch, quanto para o sedã (Acervo/Quatro Rodas)

Um spoiler: os segmentos que você mais vai ver brilhar aqui nessa lista são o dos hatches e dos sedãs compactos. E o motivo é bem óbvio, já que são carros que nasceram para oferecer maior economia e são mais leves.

Seguindo essa lógica, o Chevrolet Onix 1.0 turbo automático também se torna referência no assunto economia. Com 116 cv, ele consegue fazer até 17,9 km/l na estrada. Enquanto isso, sua versão sedã atinge médias de 18,1 km/l no mesmo regime.

Fiat Argo

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Figurinha carimbada entre os modelos mais vendidos do país, o Fiat Argo tem como seu principal benefício a economia. Isso é válido quando falamos das versões mais bem equipadas, com o motor 1.3 Flex aspirado de 103 cv e câmbio CVT. Nessa configuração, o hatch faz bons 17,1 km/l.

Fiat Cronos

E tudo o que foi dito sobre o Argo é válido também para o ‘irmão’ Cronos. O sedã tem exatamente o mesmo conjunto mecânico e atingiu uma média de consumo rodoviário muito parecida: 17 km/l.

Honda City hatch e sedã

Honda-city-touring-2 — É o famoso tanto faz: hatch e sedã conseguem entregar os mesmos 17,4 km/l na estrada, superando modelos plug-in como o BYD King e o Haval H6 GT (Divulgação/Honda)

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Mais um caso onde a carroceria não influencia na economia. O Honda City é sempre equipado com o motor 1.5 aspirado e câmbio CVT que simula sete marchas e, independente de se for o sedã ou o hatch, ele pode registrar até 17,4 km/l nas estrada.

Fiat Pulse

Pulse Manual — O conjunto do motor 1.3 e câmbio CVT também ajuda o Pulse a conseguir boas médias de quase 18 km/l (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Os hatches e os sedãs dominam, mas também há espaço para os SUVs compactos. Com motor 1.3 Firefly e câmbio manual de cinco marchas, atinge médias de 17,6 km/l na estrada. Mantendo o motor de 103 cv mas com o câmbio do tipo CVT o consumo melhora para 17,8 km/l.

A versão turbo do Fiat Pulse corre por fora, já que sua média de consumo em regime rodoviário cai para 14,2 km/l.

Volkswagen T-Cross

Se o motor 200TSI faz bonito no Polo e no Virtus, não poderia ser diferente do T-Cross. Embora um pouco menos econômico, no SUV o propulsor consegue entregar médias de até 17,4 km/l na estrada. Mais um que supera o concorrente direto Corolla Cross Hybrid.