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Esse Caravan autônomo não precisa de ninguém para pilotá-lo

Avião de carga e passageiros da Cessna foi certificado para voar sozinho. O objetivo é usar a aeronave em serviços rápidos de entrega

Por Julio Cabral
Atualizado em 29 fev 2024, 14h56 - Publicado em 16 fev 2024, 17h49
O avião acabou de ser certificado para voos autônomos pela FAA
O avião acabou de ser certificado para voos autônomos pela FAA (Xwing/Divulgação)
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O Cessna 208B Grand Caravan é um dos aviões de maior sucesso no mundo. Com boa capacidade de carga, robustez acima da média e fácil manutenção, o modelo é usado por muitas forças aéreas. Não é por acaso que foi escolhido pela empresa Xwing como bancada de testes para os seus primeiros voos autônomos. 

Batizada com o nome de um caça da saga Star Wars, a aeronave pode não ter quatro asas ou motores espaciais, tem apenas um motor turboélice e asas elevadas, um conceito conservador, embora muito funcional. Nem por isso deixou de ter um papel histórico, se tornando o primeiro avião de verdade certificado para operação autônoma.

O tipo está em fase de testes há alguns meses, período no qual foi testado pela divisão de inovações da Força Aérea dos Estados Unidos, mas obteve a certificação agora. O objetivo é usar a aeronave em serviços rápidos de entrega, missões nas quais a operação autônoma poupa pilotos de risco. Voar sobre território inimigo tem um custo humano muito grande e exige uma logística muito bem planejada, duas coisas que são mitigadas com a aeronave autônoma.

A sua primeira operação foi durante o exercício Agile Flag 24-1, onde o Cessna performou mais de 2.800 milhas náuticas de voo, distância que equivale a quase 5.200 km, e 22 horas no ar. Além disso, pousou e decolou de oito aeroportos públicos ou militares. Estamos falando apenas dessa missão, o período de testes foi bem mais longo. Antes disso, o Cessna já havia acumulado 500 horas de voo e 250 testes. 

Aeronave autônoma pode entregar cargas sem risco aos pilotos
Aeronave autônoma pode entregar cargas sem risco aos pilotos (Xwing/Divulgação)
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Por enquanto, é necessária a supervisão de um piloto em solo. Uma base de operações monitora as funções de voo e permite o acesso às câmeras e outros sensores. 

No mais, é o mesmo Grand Caravan de sempre. O motor turboélice é um Pratt & Whitney Canada PT6A-114A. Capaz de gerar mais de 600 cv, o propulsor ajuda a levá-lo a cerca de 340 km/h. A autonomia de voo chega perto dos 980 km. Já a capacidade de carga é de 1.360 kg.

Certificado para voar autonomamente pela FAA (Federal Aviation Administration), a organização que rege a aviação civil nos Estados Unidos, o Cessna já está habilitado a dividir o espaço aéreo com aeronaves civis e militares. Só falta a licença para voos comerciais.

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