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Com nova estratégia, Renault vai focar em segmentos rentáveis no Brasil

Fabricante apresentou seu novo plano estratégico que prevê 25 novos carros até 2025

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jan 2021, 16h52 - Publicado em 14 jan 2021, 08h50
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  • Renault 5
    (Divulgação/Renault)

    A Renault apresentou hoje, ainda de madrugada no Brasil, seu novo plano estratégico, chamado “Renaulution”. A intenção da empresa é transformar a atuação de Renault, Lada, Dacia e Alpine do atual foco em volume de vendas para o foco em rentabilidade – o sonho de qualquer fabricante de automóveis hoje.

    E essa busca por rentabilidade também vale para as operações no Brasil.

    As metas são aumentar a margem de lucro a 3% até 2023 e alcançar os 5% até 2025. Para isso, algumas mudanças sensíveis serão feitas, como redução do número de plataformas utilizadas pela marca de seis para três e ter maior foco em automóveis elétricos. 

    Renault 5
    A nova geração do Renault 5 é um dos principais carros dessa nova fase (Reprodução/Renault)

    A mudança será capitaneada pelo italiano Luca De Meo, que assumiu a Renault no meio de 2020 após deixar o cargo de presidente da Seat. A marca espanhola passou por uma boa transformação de sua linha nos últimos anos e viu a linha esportiva Cupra se transformar em submarca.

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    Reprodução
    (Divulgação/Renault)

    Na Renault, porém, De Meo aposta no fortalecimento e posicionamento claro de cada uma das marcas do grupo. A Renault será o coração dos planos de eletrificação e de expansão da marca para o segmento de carros médios. Mas sua grande aposta será o relançamento do Renault 5, icônico antecessor do Clio que terá seu visual reeditado à moda do que se viu com o Fiat 500 há mais de uma década.

    Dacia Bigster
    Nova identidade visual da Dacia é muito mais moderna (Reprodução/Renault)

    A Dacia, por sua vez, estará centrada em abandonar a imagem de submarca de baixo custo para reforçar sua imagem e ter uma gama de modelos híbridos. A estratégia começa com o lançamento de uma nova identidade visual mais moderna, com logo que remete à DMC (a De Lorean Motor Company). E sua operação estará estreitamente interligada à russa Lada.

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    A Alpine foi colocada no centro do projeto esportivo da Renault. De Meo não tem pudor para dizer que quer torná-la uma mini-Ferrari e essa estratégia começa pela transformação da equipe Renault em Alpine a partir da temporada 2021 da Fórmula 1. Por fim, a Renault terá a marca Mobilize, focada em novas soluções de mobilidade e serviços. Serviços de aluguel com o Dacia Spring, versão elétrica do Renault Kwid, seria a base do negócio.

    E no Brasil?

    A apresentação de quase duas horas falou pouco sobre a estratégia da Renault para os mercados da América do Sul. Sem dar maiores detalhes, o CEO da Renault disse que as operações locais, com fábricas na Colômbia, na Argentina e no Brasil, estarão focadas em segmentos mais rentáveis.

    Dacia Bigster
    Dacia Bigster é um SUV de 7 lugares com plataforma do Duster (Reprodução/Renault)

    Em teoria, é uma estratégia alinhada com os projetos em curso no Brasil. Nos próximos meses a Renault lançará a reestilização do Captur, que promete elevar a qualidade do SUV compacto que hoje praticamente só se destaca frente ao Duster pelo design. Ele terá, entre outras coisas, quadro de instrumentos digital, painel emborrachado e novo motor 1.3 turbo com injeção direta.

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    Para os próximos anos ainda está previsto o lançamento das novas gerações de Logan e Sandero, com direito a motor 1.0 turbo, além de um SUV compacto inédito baseado na mesma plataforma CMF-B e menor que o Duster. Esta, aliás, será a base para os principais lançamentos futuros da Renault no mundo, incluindo os elétricos.

    Reprodução
    (Reprodução/Renault)

    25 novos modelos

    A Renault ainda confirmou o lançamento de 25 novos modelos até 2025 para todas as marcas; Pelo menos a metade deles serão de carros médios e grandes e sete serão totalmente elétricos, incluindo o Renault 5.

    A Dacia aproveitou a apresentação para apresentar o conceito Bigster, um SUV grande baseado na plataforma CMF-B. Seria o Duster de sete lugares há muito aventado. A fabricante adiantou que ele tem 4,60 m de comprimento e terá mecânica híbrida.

    Na Alpine, a gama de elétricos foi antecipada por teasers com a assinatura de led dos faróis. Além do que aparenta ser uma versão elétrica do atual A110, há um esportivo maior e um pequeno SUV, todos elétricos.

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