Donos de 425 unidades das Ferrari 296 GTB e GTS têm a orientação da fábrica de que não dirijam seus carros até que uma falha que pode causar um incêndio seja solucionada. Para isso, a empresa italiana convocou um recall para esses carros.
O problema seria uma falha de projeto que deixa tubo de combustível e a tampa da bateria muito próximos, gerando uma reação química que acarreta na corrosão do tudo e, consequentemente, em vazamento de gasolina. A falha teria sido identificada inicialmente em uma checagem antes da entrega na China.
A Ferrari, então, começou a investigar e, como medida de precaução, começou a colocar material isolante na tubulação até chegar à causa real em maio deste ano. Nenhum caso de incêndio chegou a ser registrado.
De acordo com o site Carscoop, a Ferrari vai começar a convocar os proprietários por telefone no dia 7 de julho. As concessionárias irão instalar um novo tubo de conexão equipado com uma luva de borracha anticorrosiva, o que deve ajudar a evitar que o vazamento aconteça.
A Ferrari 296 é um esportivo híbrido que usa um motor V6 3.0 a gasolina com 663 cv a 7.500 rpm e 75,5 kgfm de torque a 6.250 giros. Ele é acompanhado de um elétrico de 167 cv capaz de funcionar sozinho por 10 km se a velocidade máxima for de 135 km/h.
Os dois juntos, porém, geram 830 cv e levam o esportivo a 100 km/h em 2,9 segundos e à velocidade máxima de 330 km/h.
Em 2016, a Ferrari precisou suspender as vendas da 488 GTB nos Estados Unidos por causa de um risco de incêndio. Na época, a montadora emitiu um comunicado dizendo que a baixa pressão da linha de combustível podia causar um vazamento sobre o motor V8 3.9, levando a um possível incêndio no veículo.
No ano passado, uma falha de freios provocou o maior recall da história da marca. A Ferrari precisou convocar 23.555 unidades nos Estados Unidos. Uma falha na tampa do fluído de freio poderia ocasionar um vazamento levando à perda total o parcial da funcionalidade.