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Clássicos: Nash Rambler, um pequeno entre os grandes

Fabricado pela Nash Motors, o pequeno conversível conquistou mercado sem ocupar muito espaço nas garagens

Por Felipe Bitu
24 ago 2017, 21h01
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  • Nash Rambler 1
    Dimensões compactas e elementos de estilo incomuns tornavam o Rambler um carro inconfundível (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Quando o Nash Rambler foi apresentado, em 1950, o mercado americano estava tomado por carros enormes. Design era uma prioridade e os traços sedutores dos estilistas Harley Earl (GM), Virgil Exner (Chrysler) e George Walker (Ford) estavam por todo lado. O público queria só o melhor e também o maior.

    Por essa razão, um carro de duas portas, com apenas 4,47 m de comprimento e projeto do engenheiro finlandês Nils Erik Wahlberg, parecia um devaneio.

    No entanto, o presidente da Nash, George W. Mason, estava convencido de que os Estados Unidos precisavam de um carro para percursos urbanos ou para tomar o lugar de segundo veículo da família. Foi assim que Mason e Wahlberg tocaram a ousada empreitada.

    Na verdade, havia outro complicador: o Rambler era pequeno e não custava barato. Ele estreou na versão Landau, com linhas assinadas por Battista “Pinin” Farina e capota retrátil de acionamento elétrico, o que fazia dele um conversível.

    Nash-Rambler-2
    Conversível tinha capota com acionamento elétrico (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    O motor de seis cilindros, 2,8 litros e 82 cv era ajudado pelo baixo peso (1.100 kg) e pelo estilo aerodinâmico Airflyte, com rodas parcialmente cobertas.

    Trazia de série os opcionais dos concorrentes: pneus faixa branca, calotas, rádio AM Motorola e o renomado ar-condicionado Weather Eye. O overdrive opcional garantia consumo de 10 a 12 km/l.

    Nash Rambler 3
    Raro à época, o rádio era item de série (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Era um carro ágil, mas não um primor em estabilidade: o acerto da suspensão era voltado ao conforto, e a ausência de barras estabilizadoras aumentava a rolagem da carroceria.

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    Com apenas 2,54 m entre os eixos, seu interior acomodava bem quatro adultos, mas o porta-malas carregava pouca coisa além do estepe e do espaço destinado à capota retraída.

    Nash Rambler 4
    O velocímetro tinha uma estranha escala: era preciso multiplicar os números por 10 para saber a velocidade indicada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A família cresceu com a adição do cupê Country Club e da perua – esta responsável pela maior parte da produção do Rambler, que totalizou mais de 11.000 unidades em seu ano de estreia.

    O sucesso só não foi maior porque desde a Segunda Guerra Mundial o governo racionava matérias-primas, como o aço. A distribuição era feita aos fabricantes de acordo com sua participação no mercado.

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    Nash-Rambler-5
    Rodas dianteiras parcialmente cobertas limitavam as manobras (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em seu segmento, o Rambler só vendeu menos que o Henry J, um compacto produzido pela Kaiser-Frazer. Para manter a liderança, foi reestilizado em 1953, adotando novos motores de 3 litros (86 cv) e 3,2 (91cv), este último com transmissão automática Hydra-Matic da GM.

    O Rambler ia relativamente bem, mas a pequena Nash acabou prejudicada por dois fatores: o racionamento do aço durante a Guerra da Coreia e a ferrenha disputa travada entre Ford e GM na primeira metade da década.

    Nash Rambler 7
    Travas do capô tinham um desenho fora do convencional (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    As gigantes derrubaram seus preços, levando os fabricantes independentes a se unirem. Em 1954, a Packard adquiriu a Studebaker e a Nash fundiu-se à Hudson, dando origem à American Motors Corporation.

    A primeira estratégia da nova empresa foi baratear o Rambler, mas o modelo acabou sendo descontinuado. Ele só tornaria ao mercado em 1958, mas como Rambler American.

    Ficha técnica – Nash Rambler 1950

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