Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot juntas? Veja como será essa fusão no Brasil
Empresas terão, juntas, quase 20% do mercado brasileiro – sem contar os investimentos previstos para os próximos anos
Você já deve ter lido que Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot – na verdade, os grupos FCA e PSA – poderão acabar fazendo parte da mesma empresa. Isso porque os dois já oficializaram o namoro que deverá ser se tornar no quarto maior fabricante de carros do mundo.
Com total de 13 marcas (sem contar divisões as Abarth, Mopar, além da inativa SRT), a fusão deverá ter lucro operacional de 11 bilhões de euros. Para os ítalos-americanos, esse valor foi de 7,2 bilhões em 2018, contra 5,6 bilhões alcançados pelos franceses.
Mas como ficará o controle dessa nova empresa? O presidente da PSA assumirá como chefe executivo, enquanto o presidente da FCA ficará à frente do conselho. Além disso, dos onze indicados ao board, seis serão indicados pelos franceses, que terão maioria.
Claro que ainda há complicações a serem contornadas, como a participação majoritária da Dongfeng na PSA, com 12,2% das ações. Por conta de órgãos regulatórios nos EUA (que podem barra o acordo), os chineses aceitaram ter apenas 4,5% da futura empresa.
No comunicado oficial da aproximação, os fabricantes ressaltam que, caso saia a fusão, 46% das receitas virão da Europa e outros 43% da América do Norte. O plano será dar “à nova companhia a possibilidade de reformular a sua estratégia em outras regiões”.
Esse balanço entrega o principal desafio nos próximos anos: aumentar a participação em outros mercados, como o chinês, no qual as marcas de ambos os grupos têm pouca relevância. Para o Brasil, não há previsão de mudanças dos planos já divulgados.
Como ficará para nós?
Atualmente, a Chevrolet é a marca líder de vendas no mercado brasileiro, com 434.364 unidades emplacadas em 2018. Só que, ao reunir as marcas que pertencem à FCA – com Fiat e Jeep em destaque –, o grupo ítalo-americano assume a primeira posição.
Se a PSA não está nos melhores dias aqui, com apenas 44.010 veículos vendidos em 2018 (contra 325.725 unidades da Fiat no mesmo período), ela seria responsável por somar outros 1,78% aos emplacamentos. Ou seja, a fusão terá quase 20% do mercado.
Para os próximos anos, ambos os grupo já anunciaram investimentos para o Brasil. No caso dos franceses, já estão confirmados os novos Peugeot 208 e 2008, além de uma picape média e uma família de entrada. Na FCA, haverá SUVs e a Strada atualizada.