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China rejeita motores de Onix e Tracker, e faz GM voltar aos 4-cilindros

Fabricante decidiu só vender carros três-cilindros no gigante asiático. Consumidor local torceu o nariz, vendas caíram e a marca terá de voltar atrás

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 6 fev 2020, 08h00 - Publicado em 6 fev 2020, 07h00
Chevrolet Onix Sedan China 6
Na China também tem Onix sedã, mas ele chama apenas Onix (Reprodução/Internet)

A General Motors já trabalhava em seu plano de levar para o mercado chinês apenas modelos com motor três-cilindros.

Também por conta dessa decisão, a marca norte-americana viu 2019 entrar para a sua história com o amargo mote de “o pior desempenho na China desde 2012”.

Traduzindo em números: ao vender 3,09 milhões de veículos no gigante asiático, a GM viu um encolhimento de 15% em relação a 2018.

De acordo com a agência Reuters, fontes de concessionárias Chevrolet e Buick na China disseram ter pressionado a marca a voltar atrás em seu plano de fornecer carros de passeio apenas com motores três-cilindros.

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Estamos falando da mesma família de propulsores que equipa os nossos atuais Chevrolet Onix e Onix Plus, assim como estará presente na nova geração do Tracker.

Tanto o SUV quanto o sedã compactos são vendidos no mercado chinês com especificações diferentes: se o 1.0 turbo tem injeção direta, o 1.2 tem deslocamento maior, de 1,3 litro, e também injeta o combustível diretamente na câmara.

Motor três cilindros
Motores com número ímpar de cilindros costumam ter maior índice de ruído e vibração. Os chineses não gostaram (Divulgação/Quatro Rodas)
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Apesar do padrão tecnológico mais elevado em relação ao Brasil, o motivo para a fabricante voltar atrás foi a recusa geral do consumidor, que não se adaptou ao tipo e intensidade de vibração e ruído dos motores menores.

A opção pelos três-cilindros aplicados de maneira generalizada tem um motivo: a China possui uma das legislações de emissões de poluentes mais rigorosas do mundo.

O gerente de vendas de uma concessionária Buick de Xangai disse à Reuters que “o movimento (de adesão geral aos três-cilindros) foi rápido e radical demais, e carecia de um planejamento mais sofisticado”.

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Alarmada, a GM deve adotar ações práticas de reversão da situação ainda este ano. Um novo sedã já está em processo de homologação na China em duas versões – uma três-cilindros e outra quatro-cilindros.

Os desafios para a retomada do crescimento da GM são radicais.

Além da mudança radical de estratégia de motorizações, a companhia terá que lidar com outros fatores locais, como a concorrência ferrenha com Toyota e Volkswagen, o impacto do surto do novo coronavírus e a tensão comercial entre China e Estados Unidos.

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