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Chevrolet Cruze e Cruze Sport6 saem de linha no Brasil após 13 anos

Oito meses após o fim da produção, fabricante encerra vendas da dupla após o fim do estoque

Por Nicolas Tavares
15 ago 2024, 11h00
Chevrolet Cruze RS e Midnight
 (Divulgação/Chevrolet)
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O Chevrolet Cruze e sua versão hatchback Sport6 tiveram a produção na Argentina encerrada em dezembro do ano passado e apenas agora foram retirados do site oficial da marca, após o fim dos estoques nas concessionárias. Assim, o modelo finalmente encerra sua carreira no mercado global.

Desde 2020, a América do Sul era o único lugar onde o Chevrolet Cruze ainda era produzido e vendido. A GM encerrou sua fabricação para a América do Norte em 2019 e, um ano depois, tirou o sedã de linha na China, sem um sucessor. O plano da fabricante é vender somente SUVs e picapes nos EUA e, para isso, prepara-se para acabar com o Malibu, seu último sedã no país, em novembro.

Cruze
Sedã foi reestilizado em 2020, adotando o visual da versão norte-americana (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O fim do Cruze e do Cruze Sport6 é emblemático por mudar ainda mais os segmentos em que atuavam no Brasil. O sedã era um dos poucos a um preço mais acessível entre os modelos médios, deixando somente Toyota Corolla (a partir de R$ 150.790), Nissan Sentra (R$ 160.290) e o recém-lançado BYD King (R$ 175.800) com preços abaixo de R$ 200 mil.

Outros sedãs médios desistiram de buscar volume e apoiaram-se em uma proposta diferente. O Volkswagen Jetta, por exemplo, é vendido somente na versão esportiva GLI por R$ 245.390, enquanto o Honda Civic é somente híbrido e custa R$ 265.900. Embora ainda esteja no site oficial por R$ 139.990, o Caoa Chery Arrizo 6 não é mais encontrado nas lojas e emplacou 25 unidades este ano.

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O caso do Cruze Sport6 é ainda pior, pois era o último hatchback médio de uma marca generalista, posição que ocupava desde o fim da comercialização do Ford Focus (em 2019) e do Volkswagen Golf (em 2020).

Chevrolet Cruze RS
(Divulgação/Chevrolet)

O segmento, que representa apenas 0,06% das vendas no acumulado de 2024, irá encolher ainda mais. Os sobreviventes são os modelos de marcas premium, como Audi A3 Sportback (R$ 287.990 ), BMW Série 1 (R$ 320.950) e Mercedes-Benz Classe A (R$ 344.900), além dos esportivos Honda Civic Type R (R$ 429.900) e Toyota GR Corolla (R$ 416.990).

O último dos sedãs médios da Chevrolet, o Cruze estreou no Brasil em 2011, substituindo de uma vez só o Vectra e o Astra. Nasceu como um projeto da General Motors com a sul-coreana Daewoo, em um momento em que a GM buscava um modelo de volume para os EUA durante o período de recuperação judicial. O hatchback Sport6, substituto do Vectra GT, chegou no mesmo ano.

Cruze 1.8 16V LTZ, modelo 2012 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

A primeira geração foi produzida em São Caetano do Sul (SP), com o motor 1.8 Ecotec aspirado de quatro cilindros, entregando até 144 cv e 18,9 kgfm com etanol no tanque. Enfrentou uma concorrência pesada, não só pelo fato de Toyota Corolla e Honda Civic dominarem o segmento, mas também pela grande quantidade de rivais, concorrendo também com Citroën C4 Lounge, Hyundai Elantra, Peugeot 408, Renault Fluence e Volkswagen Jetta.

Cruze
A segunda geração teve sua produção transferida para a Argentina (Divulgação/Quatro Rodas)

Em 2016, a produção foi transferida para Santa Fe (Argentina), no mesmo momento em que mudou para a sua segunda e última geração. Além do design renovado, trocou o motor 1.8 pelo 1.4 Ecotec turbo de 153 cv e 24,5 kgfm e recebeu mais tecnologias como start-stop. Passou por uma reestilização em 2018 nos EUA, que só chegou ao Brasil em 2019. Durou muito pouco tempo na América do Norte, saindo de linha quatro meses depois do início das vendas.

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Com o fim do Chevrolet Cruze e do Cruze Sport6, a fabricante passa a ter somente um hatchback e um sedã no mercado brasileiro, na forma do Onix e Onix Plus, que serão reestilizados em 2025.

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