Apesar do lançamento do Chevrolet Onix Plus com produção local, o Chevrolet Cobalt segue em produção no Uzbequistão. Vai muito bem nas vendas, inclusive: com 64.427 unidades emplacadas em 2022, só ficou atrás dos Chevrolet Lacetti (78.440) e Damas (73.846).
Mais de 90% dos carros vendidos por lá são Chevrolet. O Uzbequistão é o terceiro maior mercado global da Chevrolet, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil.
Desde o final de 2022 a empresa estuda a produção local da versão reestilizada do Cobalt, lançada no Brasil em 2016 e fora de linha desde 2019. Chegaram, inclusive, a importar um Chevrolet Cobalt brasileiro para testes.
Como a UzAuto divulgou plano de IPO (oferta pública inicial) de suas ações no mercado local, também divulgou o cronograma de atualização de sua atual gama de produtos (que também inclui o Tracker, o Equinox e até o Traverse). A previsão é que o velho novo Cobalt seja relançado por lá em 2024, quando completará 5 anos fora de linha no Brasil.
Lançado no Brasil em 2011, o Cobalt teve sua produção no Uzbequistão iniciada em 2012 e não tem grandes mudanças desde então. Na verdade, mudou de emblema em 2020 quando a GM Uzbequistan foi comprada pelo governo e transformada em UzAuto Motors. Foi quando abandonou a marca Ravon e se tornou Chevrolet.
O motor, diga-se, sempre foi diferente. Em vez dos 1.4 e 1.8 que usava no Brasil, o Cobalt uzbeque usa um 1.5 16V a gasolina de 107 cv e 13,7 kgfm, com opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis. Os preços começam em 124.295.000 somes uzbeques, o equivalente a R$ 55.300. E tem fila de espera, assim como o Onix Plus.
A UzAuto chegou a anunciar o início das exportações do Cobalt para a Rússia em 2021, mas teria interrompido a operação em 2022 após sanções externas. A empresa produz localmente peças de estamparia, componentes plásticos e motores, mas costuma importar da Coreia do Sul componentes mais sofisticados para seus carros.