Será a Caoa a empresa responsável por assumir a operação que seria desativada pela Ford em São Bernardo do Campo (SP) em novembro deste ano, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Desde fevereiro há rumores sobre a negociação entre as partes.
De acordo com a publicação, assinada pelo jornalista Tião Oliveira, a empresa liderada pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade já teria assinado um termo de compra da fábrica.
Lá, deve manter ativa apenas a produção de caminhões, um mercado no qual a Ford deixaria de atuar com a decisão de encerrar as atividades no complexo.
Não está claro se os caminhões produzidos pela Caoa no ABC paulista seriam os mesmos modelos feitos atualmente pela Ford, nem se manteriam o logotipo da marca americana.
Vale lembrar que o grupo brasileiro já atua de maneira semelhante ao em Anápolis (GO) os SUVs ix35 e New Tucson, da coreana Hyundai. Ao mesmo tempo, distribui entre Anápolis e Jacareí (SP) o fabrico dos modelos QQ, Arrizo 5 e Tiggo 2, 5X e 7, da chinesa Chery.
Neste último caso, a Caoa se tornou sócia da fabricante da China no Brasil, tendo inclusive rebatizado o nome da marca localmente para Caoa Chery.
A negociação, intermediada pelo governador de São Paulo, João Doria, deve acarretar a manutenção de pelo menos boa parte dos 3 mil empregos diretos 1,5 mil postos terceirizados gerados no complexo.
Por parte da Ford, a única operação ativa para produção de veículos no país será a de Camaçari (BA), onde são montados atualmente Ka e EcoSport. Também segue em funcionamento a fábrica de motores em Taubaté (SP).
Com o fim de suas atividades em São Bernardo, o compacto premium Fiesta deixará de ser produzido no país.