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Câmara dos Deputados busca respostas da BYD sobre falta de peças e pós-venda

Fabricante chinesa vira alvo da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, que quer uma audiência pública com o presidente da marca

Por Nicolas Tavares
Atualizado em 11 out 2024, 20h05 - Publicado em 11 out 2024, 18h09
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 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Reclamações por falta de peças de reposição e problemas de pós-venda da BYD entraram na mira do governo. O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) protocolou um requerimento para a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, pedindo por uma audiência pública para discutir as diversas críticas dos consumidores sobre o pós-venda. A comissão ainda poderia convocar o presidente da BYD no Brasil para prestar esclarecimentos.

O requerimento foi apresentado em agosto e deveria ter sido votado pela comissão na última quarta-feira (9). Porém, foi adiado pela falta de quórum, por conta das eleições. Com o segundo turno marcado para o próximo dia 27 e muitos dos parlamentares envolvidos nas campanhas, a pauta só deve ser votada no início de novembro.

Procurado por QUATRO RODAS, o deputado afirmou que “nosso compromisso na Câmara dos Deputados é defender o consumidor brasileiro. Temos recebido um aumento nas queixas de consumidores de veículos da fabricante chinesa BYD, que apontam problemas como a garantia com limite de quilometragem, atrasos nas entregas e falta de peças para manutenção e reposição. Além disso, a empresa BYD não tem oferecido o suporte adequado aos consumidores. Precisamos ouvir a empresa e especialistas sobre o tema para garantir que a relação entre empresa e consumidor seja justa e transparente.”

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Requerimento de audiência pública sobre a BYD
Requerimento de audiência pública sobre a BYD (Câmara dos Deputados/Reprodução)

O documento cita algumas pessoas que poderiam participar da audiência. Entre elas estão Tyler Li, presidente da BYD no Brasil; Wadih Filho, Secretário Nacional do Consumidor (Senacon); e representantes da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei) e da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

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Fontes consultadas por QUATRO RODAS dizem que, caso o requerimento seja aprovado, a audiência pública deve acontecer entre o final deste ano e começo de 2025.

Há também o convite para a advogada Cristiane Britto, ex-Ministra de Estado da Mulher, Família de Direitos Humanos e que atualmente atua como assessora parlamentar do Republicanos no Senado Federal.

A presença de Britto pode ser justificada por ser proprietária de um Yuan Plus e ter feito reclamações sobre o pós-venda e o fato de ser alguém ligada ao governo pode ter pesado na abertura da audiência pública.

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Em maio, Britto postou em sua conta no Instagram que o seu Yuan Plus parou de funcionar enquanto estava na BR 060, próximo de Alexânia (GO), mesmo que o painel ainda indicasse uma autonomia de 20 km, o que seria o suficiente para chegar à estação de recarga mais próxima a 10 km.

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“Ao ligar no atendimento de assistência, tive uma decepção enorme com a evidente falha no serviço prestado: meia hora de interrogatório (inclusive sobre a data da aquisição) para saber dados técnicos do carro que eles já deveriam ter no sistema!”, explica a ex-ministra. A Triunfo Concebra, concessionária que administra a rodovia, afirmou que prestaria assistência apenas para levar o carro até o posto de combustível mais próximo, que não tinha um carregador.

Na época, a BYD disse que o episódio não era um problema com o veículo e que a culpa era “uma falta de planejamento da motorista”, explicando que a autonomia no painel pode mudar de acordo com o estilo de direção do condutor e que a falta de carga na bateria não é um dos problemas cobertos pelo serviço de pós-venda. Posteriormente, Britto diz que a BYD pediu desculpas pela falha no atendimento e e que ela deveria procurar a concessionária para verificar o desempenho da bateria.

QUATRO RODAS consultou o site Reclame Aqui e encontrou diversas críticas sobre o pós-venda. A maioria das reclamações são respondidas, mas muitas das sem resposta dizem respeito a carros que estão há mais de 30 dias esperando por peças de reposição. Alguns casos apontam para mais de 90 dias com o carro na concessionária até que recebesse o reparo necessário.

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(Divulgação/BYD)

Em março, QUATRO RODAS visitou o centro de peças da BYD em Cariacica (ES) e a fabricante afirmava ter 370.000 peças no estoque, cobrindo 93% dos componentes dos carros vendidos no país, com um prazo de entrega de até 8 dias. A promessa era dobrar este estoque nos meses seguintes.

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Um dos comentários mais recorrentes é de que as concessionárias explicam que a peça necessária não está disponível no estoque da BYD no Brasil, sendo necessário importá-la da China. Anteriormente, a empresa afirmava que peças que precisassem ser importadas do país asiático chegariam em até 15 dias, trazidas de avião, e que isto aconteceria apenas para atender “os casos mais graves” de componentes indisponíveis no Brasil.

Procurada por QUATRO RODAS, a BYD não respondeu as perguntas sobre a audiência pública, sobre os problemas no pós-venda e sobre as peças que precisam ser importadas. O texto será atualizado caso a fabricante se manifeste.

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