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As melhores (e piores) versões desconhecidas de carros nacionais

Homenagem a surfista, van de luxo e esportivo de fachada: as montadoras abusam da criatividade quando precisam vender carros

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 jan 2021, 10h56 - Publicado em 6 set 2017, 21h32
Ford Escort
Série especial Fórmula foi limitada a apenas 750 unidades (Marco de Bari/Quatro Rodas)

É fácil se perder em meio a tantas versões e categorias disponíveis no mercado. Além das configurações normais, as marcas apelam a edições limitadas, séries especiais ou comemorativas – tudo para impulsionar as vendas.

Justamente por essa quantidade de opções é que muitos lançamentos acabaram desprezados pouco tempo após chegarem às ruas. Ou tornam-se raros por conta da procura.

Alguns caem no esquecimento. Outros tornam-se jóias. Relembre alguns:

Volkswagen SP1

Volkswagen SP1
Famoso pelas belas linhas, o Volkswagen SP1 foi um fracasso de vendas (Volkswagen/Divulgação)

Há quem duvide da existência do Volkswagen SP1, mas ele realmente foi produzido. Fabricado em parceria com a Karmann-Ghia (responsável pelas etapas de estamparia e solda), o SP1 aproveitava plataforma e motor 1.6 boxer da perua Variant.

Eram 65 cv para movimentar os 890 kg do esportivo – 10 cv a menos que o SP2. O desempenho, obviamente, era inferior ao seu irmão mais famoso: aceleração de 0 a 100 km/h em 14,2 s e velocidade máxima de 161 km/h.

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O acabamento também tinha qualidade inferior ao SP2. Apenas 88 unidades foram produzidas de 1972 a 1973.

Chevrolet Agile Rico

Chevrolet Agile Rico
O Agile Rico foi uma série especial criada apenas para o Rio de Janeiro (Chevrolet/Divulgação)

O ex-surfista Rico de Souza emprestou seu sobrenome à série especial do Chevrolet Agile vendida apenas no Rio de Janeiro. O Agile Rico vinha com spoilers dianteiro e traseiro, saias laterais e rack para transportar pranchas de surfe.

O carro, aliás, vinha com uma prancha assinada pelo ex-tricampeão brasileiro de longboard e vice-campeão mundial amador. O motor era o mesmo 1.4 Econoflex de 102/97 cv. Não vale um centavo a mais que a versão normal.

Fiat Uno Mille Young

Mille Young
“Discreto”, adesivo colorido era vendido como acessório (Fiat/Divulgação)
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A Fiat queria atrair o público jovem para a linha Uno Mille e lançou a versão Young em 1997. Além da carroceria de apenas duas portas, o modelo tinha nova grade, painel de instrumentos com grafia exclusiva, novo volante e para-choques com detalhes em cinza.

Havia um opcional de gosto discutível: um gigantesco adesivo com o nome da versão, suficiente para fazer as faixas transversais dos esportivos parecerem discretas.

Chevrolet Corsa Sedan automático

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O Classic foi vendido com caixa automática de 1997 a 2005 (Chevrolet/Divulgação)

Pouca gente se lembra, mas a primeira geração do Corsa Sedan teve uma versão com câmbio automático. A caixa de quatro velocidades fabricada pela Aisin foi oferecida de 1997 a 2005.

Acompanhando o processo de transformação do modelo, que sofreu uma leve reestilização, o carro perdeu equipamentos e até mudou de nome. O motor sempre foi o 1.6 MPFI, de 92 cv.

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Na verdade, tratava-se de uma configuração feita para atender a clientes PCD, já que a transmissão automática ainda era uma estranha ao público daquela categoria.

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Caixa automática de quatro marchas era fornecida pela Aisin (Chevrolet/Divulgação)

Ford Ka MP3

Ford Ka MP3
O Ka MP3 tinha um sistema de som capaz de reproduzir arquivos no popular formato digital (Ford/Divulgação)

O Ka MP3 surgiu no fim de 2005. Como o nome sugere, seu principal diferencial está no sistema de som: um rádio AM/FM com CD Player e capacidade de reproduzir arquivos no formato digital MP3 – bastante popular naquela época.

Alguns detalhes (como maçanetas externas, frisos laterais, grade frontal e as capas dos espelhos retrovisores) eram pintados de cinza metálico. Disponível nas motorizações 1.0 (60 cv) e 1.6 (95 cv), o Ka MP3 tinha conta-giros, aerofólio traseiro e ponteira do escapamento cromada na versão mais potente. Mas o melhor de tudo era a ótima relação peso/potência de 9,78 kg/cv.

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Hoje, tanto o carro quanto o MP3 estão defasados.

Chevrolet Monza Clodovil

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Série especial assinada por Clodovil Hernandes tinha até jogo de malas personalizadas (Reprodução/Internet)

A série limitada foi criada pela concessionária Itororó e entrou para a história por seu exotismo. O modelo lançado em 1982 (justamente o auge da carreira do apresentador Clodovil Hernandes) tinha extravagâncias, como a assinatura do estilista na traseira e a grafia das iniciais “CH” nos bancos revestidos em couro.

Do lado de fora, as lanternas tinham extensões de acrílico na tampa do porta-malas – efeito visual que seria adotado alguns anos depois pela própria Chevrolet no Monza Classic. A principal atração, entretanto, eram as malas feitas sob medida para o compartimento de bagagens do modelo.

Ford Escort XR3 Formula

As melhores (e piores) versões desconhecidas de carros nacionais
O XR3 com motor 1.8 de Gol era apelidado de Escortwagen (Arquivo/Quatro Rodas)
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A série especial Fórmula encerrou a produção da primeira geração do Escort XR3 em grande estilo. Limitada a 750 carros, ela trazia faixas exclusivas, rodas diamantadas e amortecedores eletrônicos Cofap.

Herança da Autolatina, o motor era um velho conhecido dos fãs de Volkswagen: o AP 1.8 rendia 97 cv a 6.000 rpm.

VW Kombi Carat

VW Kombi Carat
A Kombi Carat tinha até bancos revestidos em veludo, mas não fez sucesso e saiu de cena dois anos depois (Volkswagen/Divulgação)

A Kombi Carat nasceu em 1997 para (tentar) fazer frente às rivais coreanas. O acabamento mais refinado incluía confortáveis bancos revestidos em veludo, interior forrado, carpete e sete lugares com encostos de cabeça.

Entretanto, a versão não obteve o sucesso esperado e durou apenas dois anos.

Renault Clio Sedan O Boticário

Renault Clio Sedan O Boticário
Série especial levava o nome da marca de cosméticos e perfumes – e tinha itens pensados para as mulheres (Renault/Divulgação)

Séries especiais voltadas para o público feminino nem sempre fazem sucesso. Em 2002, a Renault lançou o Clio Sedan O Boticário.

Além de ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos nas portas dianteiras e coluna de direção com regulagem de altura, a versão trazia dois itens valorizados pelas mulheres (segundo a Renault): espelho no para-sol do motorista e bancos com revestimento em tecido desenvolvido para não desfiar roupas e meias.

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