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Apelo verde dos apês

Novos condomínios adotam soluções de mobilidade para atrair público mais consciente

Por André Paixão
Atualizado em 9 nov 2016, 12h37 - Publicado em 8 ago 2013, 01h01
geral

Nos quatro primeiros meses do ano, a região metropolitana de São Paulo viu chegar ao mercado mais de 12 000 novas moradias, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Boa parte dos lançamentos oferece aparelhos de conforto como salões de festa, quadras e piscinas. Mas alguns vão além na preocupação com o bem-estar de seus futuros ocupantes e antecipam soluções voltadas para a mobilidade urbana.

Já pensou ir trabalhar ou fazer compras e ter ao menos cinco alternativas de transporte para chegar? Ou poder estacionar o carro elétrico na garagem e deixá-lo carregando? Esse dia não está tão distante, pelo menos para os clientes de alguns empreendimentos que contemplam opções voltadas para facilitar o vaivém de seus condôminos.

Entre as centenas de condomínios de Alphaville, o iGloo se destaca pela inovação. Construído pela BKO e inaugurado em março, é o primeiro edifício residencial do país a contar com estrutura para recarga de veículos elétricos. Das 216 vagas, cinco possuem carregadores. E se, por enquanto, nenhum morador possui um elétrico na garagem, a vontade de mudar a situação é grande. “Dá muito orgulho ver que temos algo que ainda está chegando ao país. Há moradores que já pensam em comprar um carro elétrico”, afirma o síndico do iGloo, Norberto Giangrande.

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Nos demais edifícios que estão sendo construídos pela BKO, também há a preocupação em oferecer novas opções de mobilidade para os habitantes. Desde 2009, oito imóveis em construção, além do iGloo Alphaville, contarão com carregadores para carros movidos a eletricidade. E, a partir deste ano, os lançamentos também incluem vagas para carros compartilhados. “As iniciativas não elevam os custos na hora das obras e ainda geram um retorno positivo por parte dos futuros moradores”, afirma José Roberto Leite, gerente de incorporação da BKO.

Outra construtora que aposta em soluções alternativas é a Vitacon. Todos os 25 empreendimentos, comerciais ou residenciais, lançados a partir de 2012 possuem no projeto vagas para carros elétricos. Também haverá compartilhamento de carros e bicicletas. “São 13 edifícios com o serviço. Fizemos parceria com duas empresas, Zazcar e Joycar, para disponibilizar uma vaga para car sharing. O cliente trata diretamente com a prestadora do serviço”, diz Alexandre Lafer, diretor-presidente da Vitacon.

À beira do rio Pinheiros, um dos maiores condomínios em construção em São Paulo é o Parque da Cidade, da Odebrecht Realizações. O complexo que vai ser erguido na zona sul da Capital será multiúso, com uma torre residencial e prédios comerciais, além de shopping e hotel, distribuídos por 22 000 m². A entrega se dará em etapas, programadas para ocorrer entre 2015 e 2020. Os idealizadores do projeto acreditam que 25 000 pessoas vão morar no local e outras 40 000 circularão pelo conjunto diariamente.

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“Desde a primeira etapa do desenvolvimento do Parque da Cidade, nosso mote era a sustentabilidade, não apenas com foco em mobilidade. Optamos por fazer um local onde as pessoas utilizem o menos possível o transporte individual”, diz Saulo Nunes, diretor de incorporação da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Se o foco é a mobilidade eficiente, há baias de estacionamento destinadas a ônibus fretados. Eles serão responsáveis pelo deslocamento de 15% a 30% das pessoas que passarão pelo empreendimento diariamente. Quem prefere usar o carro para chegar ou sair terá 35 vagas para compartilhamento de carros. O serviço será explorado por uma empresa terceirizada, ainda não divulgada.

Mesmo sem uma estrutura consolidada para os elétricos, o Parque da Cidade projeta bom número de vagas e pontos de recarga para veículos com emissão zero. Serão 100 vagas para carros elétricos. Para cada duas delas haverá um carregador. Ou seja, serão 50 pontos de recarga. “Os números são até superiores à realidade da mobilidade elétrica na cidade. Se a demanda aumentar com o tempo, estaremos preparados para adequar nossa estrutura”, diz Nunes. Diferente dos demais condomínios, o Parque da Cidade também contará com um sistema de caronas. Para pedir ou oferecer carona, os interessados se cadastrarão em um software que servirá como uma espécie de intranet, disponível em diversas instalações, e que também fornecerá informações de trânsito e condições climáticas. Assim, as ofertas de trajetos estarão visíveis a todos. Segundo a Odebrecht, de 10% a 20% dos usuários utilizarão o serviço, o que pode tirar das ruas mais de 6 000 carros.

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