A aflição de ver um Koenigsegg de R$ 8 milhões numa sessão de crash-test
Custo elevado dos esportivos da marca levaram a empresa a usar uma tática pouca ortodoxa para homologar seus produtos
Mais raro do que ver um Polo E-Flex circulando por aí, só vídeos de crash-test de supercarros. Não que as marcas não façam isso: elas só não gostam de divulgar seus truques, algo que a Koenigsegg fez.
A marca sueca revelou ao site Apex.one como faz a homologação de seus modelos. O processo, naturalmente, envolve uma série de testes de impacto e desgaste, algo especialmente crítico em um carro de quase R$ 8 milhões (na Europa).
Por isso a Koenigsegg faz algo pouco ortodoxo, mas possível por conta da concepção de seus carros: ela usa uma só unidade para todos os testes.
A empresa usa o conceito de monocoque, que reúne os periféricos e trem de força ao redor do habitáculo. Isso possibilita ir trocando as peças danificadas (como suspensão, para-choque ou portas) e fazer novos testes com o mesmo modelo.
“Não tem geladeira em casa?”
Alguns dos testes envolvem colisões com o meio-fio ou marteladas no veículo para verificar se não há acionamento indevido do airbag.
Outros métodos são inspirados em alguns parentes descuidados, batendo as complexas portas dihedral do Koenigsegg Regera como se elas não precisassem ser abertas mais.
“Uma marca generalista não vê problemas para bater 16 carros. Isso equivale à nossa produção anual”, afirmou ao Apex David Tugas, gerente de homologação da Koenigsegg.
Se necessário, a empresa pode bater inclusive apenas uma parte do carro, como a dianteira, presa à uma estrutura metálica sobre pneus com o mesmo peso do veículo.
Veja mais detalhes da carnificina sueca no vídeo abaixo. É interessante? Muito. Mas que dá dó e até uma certa aflição, isso não pode negar. Assista: