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Como fazer seus pneus durarem mais?

Não há milagre para o pneu ter vida mais longa: basta manutenção adequada e atenção com o modo de dirigir. Mas você sabe como fazer isso?

Por Hairton Ponciano Voz
Atualizado em 23 abr 2021, 00h44 - Publicado em 26 dez 2015, 19h55
rodízio de pneus
Os pneus em condições saudáveis duram bem mais (Acervo/Quatro Rodas)

Eles fazem todo o serviço pesado. Sustentam o carro, caem em buracos, encaram asfalto quente, passam sobre pedras…

Os pneus foram feitos para suportar tudo isso e muito mais. Às vezes, eles chegam aos 60 000 km em condições saudáveis, em outras podem estar em frangalhos antes dos 40 000 km. Quer saber o segredo para eles durarem mais? É só ler abaixo para descobrir como algumas medidas simples podem garantir maior segurança e economia.

Trabalhando pressionado

Calibragem do pneu
(acervo/Quatro Rodas)

Não é todo mundo que aguenta trabalhar sob pressão. Mas com pneu é diferente. Ele necessita da pressão, desde que seja a correta. Cada veículo tem sua calibragem especificada pelo fabricante. As fábricas estimam que 10% abaixo da indicada significará redução de 5% na vida útil.

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Se estiver 20% abaixo do ideal, a expectativa de vida cai 16%. Rodando 30% mais murcho, ele pode durar 33% a menos. E, como pressão correta é fundamental para a estabilidade, não deixe de verificá-la semanalmente, ou a cada vez que for abastecer o automóvel.

Essa checagem deve ser feita com os pneus frios, porque o aquecimento gerado pelo movimento eleva a pressão interna e altera a medição.

Todo carro traz a informação sobre a calibragem correta a ser utilizada. Ela aparece em algum lugar da carroceria (às vezes no batente da porta do motorista, às vezes na tampa do tanque de combustível) e no manual do proprietário. Há casos em que o fabricante recomenda pressão diferente nos dianteiros e nos traseiros.

Na dúvida, o manual do proprietário é lei. Pressão demais tende a desgastar a parte central da banda de rodagem e até provocar rachaduras no fundo dos sulcos. Já a calibragem muito baixa aumenta o desgaste nas bordas da banda de rodagem (ou ombros).

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Em ambos os casos, o resultado é redução da vida útil, sem falar em perda de estabilidade e risco de estouros – principalmente em caso de pressão muito baixa e choque contra buracos.

Rodízio

Rodizio de pneus
(Jonatan Sarmento/Quatro Rodas)

Cada fabricante determina um prazo ideal para o rodízio entre os pneus. Sua função é uniformizar o desgaste entre os dianteiros e os traseiros. Em função do peso do veículo (em geral concentrado na frente) e da tração (também dianteira na maioria dos casos), os pneus frontais costumam sofrer três vezes mais desgaste que a dupla que roda atrás.

Por isso, na média recomenda-se a troca de posições a cada 10 000 km. Mas convém consultar o manual em busca da recomendação oficial.

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Andando alinhado

Wagner Quadrelli: "o homem ainda é importante para conferir o serviço"

Sabe quando você solta o volante e o carro puxa para um lado? É sintoma de direção desalinhada, que abrevia a vida útil do pneu. Quando isso ocorre, ele está sendo mais sobrecarregado que o outro. O sintoma é desgaste acelerado e desigual.

Em condições ideais, as rodas dianteiras devem estar exatamente paralelas, nem convergentes nem divergentes. No primeiro caso, traçando-se uma linha imaginária, em algum ponto elas se cruzariam (ponto de convergência). No segundo, cada uma iria para um lado.

Ambas são situações indesejáveis. Se uma estiver em linha reta e a outra torta, certamente um dos pneus estará sendo “lixado” por causa do maior atrito com o solo.

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Cambagem incorreta também acelera o desgaste nos ombros: normalmente, a roda forma um ângulo de 90 graus em relação ao piso, mas cada projeto de automóvel tem uma especificação. Se a falha não for corrigida, os pneus podem ter muita borracha numa determinada área da banda de rodagem e estar carecas em outra. Se for assim, é o fim da linha para ele.

A direção está vibrando? Então as rodas devem estar desbalanceadas. Além do desconforto ao volante, isso pode ocasionar desgaste irregular na banda e até danificar peças do sistema de direção. Por isso tudo, faça alinhamento e balanceamento em média a cada 10 000 km.

Vá com calma

O motorista viaja com conforto. A iluminação interna é azul

A forma de dirigir também influencia na durabilidade do pneu. O segredo é ter um pé calminho, calminho, seja no acelerador, seja no freio, pois acelerações bruscas e frenagens fortes aumentam o desgaste.

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Se você tiver um carro com controle de tração (que impede as cantadas nas arrancadas) e freios ABS (não deixam as rodas travarem), pode comemorar, pois eles diminuem o consumo dos pneus nesse estilo de direção agressiva – mas não anulam o desgaste.

Portanto, suavidade ao volante é a melhor forma de cuidar do pneu. Um cuidado importante é antecipar o momento de frear, utilizando a pressão moderada no pedal e ficando de olho nos semáforos e nos carros que estão bem mais à frente.

Assim, você não será surpreendido por uma situação que exige uma frenagem forte. Melhor para a vida útil do pneu e para sua segurança.

Atenção onde para

Sistema de estacionamento automático do Chevrolet Cruze

Se é importante tomar cuidado ao dirigir, estacionar também exige atenção. Evite parar com o pneu esterçado contra a guia, porque esse contato pode até resultar em corte na borracha. Pelo mesmo motivo, procure manter distância da sarjeta, para não raspar a banda lateral. Fique também longe de marcas de óleo.

Além do risco de perda de estabilidade ao sair, o óleo ataca a borracha. Prestando atenção em todos esses detalhes, os pneus poderão ser utilizados com segurança até que os indicadores de desgaste (as letras TWI na lateral) fiquem rentes à superfície da banda de rodagem.

Isso é o sinal de que os sulcos alcançaram a profundidade mínima (1,6 mm) e que os pneus podem, então, se aposentar por tempo de serviço, não por acidente de percurso.

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