Primeiro Honda Fit é automático de R$ 25.000 que faz 15 km/l e não quebra
Primeira geração do Honda Fit é referência em durabilidade e consumo, e mantém preço mesmo após mais de 20 anos; veja possíveis defeitos

Como reclamar de um carro que venceu quatro edições seguidas da pesquisa Os Eleitos (2004 a 2007), que mede a satisfação do proprietário, e foi apontado por QUATRO RODAS como Melhor Compra do Ano em 2004 e 2005? Esse é o histórico da primeira geração Honda Fit, modelo tão adorado por seus donos que mantém valor e tem procura no mercado de usados mesmo tendo sido lançado há mais de 20 anos.
Foi até difícil encontrar quem aponte defeitos e problemas recorrentes do monovolume, que seguiu à venda em sua primeira geração até o final de 2007. Você pode ver o guia de compras da segunda geração do Fit aqui.

Entre as virtudes do primeiro Honda Fit, a confiabilidade mecânica é unanimidade: o Fit quase nunca quebra. Outro ponto elogiado é o baixo consumo — no teste publicado em maio de 2003, o Fit 1.4 registrou 11,8 km/l na cidade e 15 km/l na estrada, com gasolina. É um bom resultado até para os dias de hoje.

Mágica? Nem tanto. O motor 1.4 8V i-DSI tem duas velas por cilindro, totalizando oito velas e oito bobinas de ignição. Essa tecnologia, chamada de Ignição Dupla Sequencial Inteligente (Intelligent Dual Sequential Ignition – i-DSI), foi utilizada para otimizar a queima do combustível em baixas rotações, resultando em mais economia e torque, mas já foi abandonada. É bom ficar atento, porque há o dobro de velas, bobinas e cabos para trocar.

Lançado em abril de 2003, o pequeno monovolume de 3,83 metros impressionava pelo espaço interno. Os bancos traseiros rebatíveis formavam uma superfície plana de 1,70 metro, útil para levar cargas grandes. Inicialmente, havia apenas a versão 1.4 de 80 cv e 11,8 kgfm, com câmbio manual ou CVT — tornando o Fit o primeiro nacional com transmissão continuamente variável.

Mesmo na configuração básica LX, o Honda Fit era bem equipado: ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, airbag para o motorista, alarme e preparação para som. A versão LXL adicionava rodas de liga leve, duplo airbag, ABS e CD player.


Em 2005, surgiu a versão EX, topo de linha, com motor 1.5 de 105 cv e 14,8 kgfm, que apagou a falta de agilidade do 1.4 no trânsito urbano. Para diferenciá-las, olhe o logotipo traseiro: no 1.4, o pingo do “i” é vermelho; no 1.5, é azul.

Em 2007, o Fit recebeu leve reestilização, com nova grade, para-choques e repetidores de seta nos retrovisores. Não durou muito, porque a segunda geração foi lançada em 2008.
Apontado como usado de baixa desvalorização, o Honda Fit não para na loja mesmo hoje, quando os carros estão com cerca de 20 anos . Achou um carro em bom estado e sem os crônicos amassados na traseira? É melhor agir rápido: dificilmente fica disponível por muito tempo.
Nós dissemos (junho de 2003)
“O Fit se destaca pelas soluções internas. Sem o tanque de combustível deslocado alguns centímetros à frente, por exemplo, seria impossível obter 1,28 metro de altura útil na parte traseira. São dez diferentes combinações possíveis de bancos. Com o rebatimento do encosto dianteiro, abre-se um espaço de 2,40 metros. O Fit leva vantagem por ter operação simples e maior número de combinações.”
Problemas e defeitos do Honda Fit de primeira geração

Faróis — É comum a infiltração de água após chuva forte ou lavagem, especialmente nos modelos 2004. Além disso, hoje a maioria dos faróis originais estão opacos e precisam de tratamento estético.
Ruído nos vidros dianteiros — Mais frequente nas primeiras unidades. Defeito causado pelas máquinas dos vidros, alvo de boletim de serviço da Honda na época.
Cárter — Como alguns modelos não têm protetor de cárter, verifique sinais de amassados na parte dianteira.
Rangido nos bancos — Aparece mais nas versões antigas e também teve correção técnica.
Ruídos na dianteira — Podem vir da caixa de direção, suspensão dianteira ou dos coxims de motor e câmbio. Faça test-drive em ruas irregulares.
Pense também em uma…

Chevrolet Meriva — É mais fácil de encontrar e oferece espaço interno maior. O motor 1.8 agrada quem acha o Fit fraco, mas o consumo é mais alto. O comportamento em curvas é mais próximo ao de um carro tradicional, enquanto o Fit lembra uma minivan.
Preços médios do Honda Fit (2003 a 2008)
Ano | 1.4 LX | 1.4 LXL | 1.4 LX CVT | 1.4 LXL CVT | 1.5 EX MT | 1.5 EX CVT |
---|---|---|---|---|---|---|
2003 | R$ 21.565 | R$ 23.866 | R$ 26.249 | R$ 27.144 | — | |
2004 | R$ 23.931 | R$ 24.463 | R$ 27.640 | R$ 27.984 | R$ 27.745 | R$ 28.158 |
2005 | R$ 25.914 | R$ 28.886 | R$ 26.722 | R$ 28.944 | R$ 29.703 | R$ 31.811 |
2006 | R$ 29.487 | R$ 29.490 | R$ 32.347 | R$ 32.518 | R$ 32.718 | R$ 33.168 |
2007 | R$ 31.969 | R$ 32.317 | R$ 33.711 | R$ 34.158 | R$ 35.454 | R$ 37.149 |

Ficha Técnica – Honda Fit LX 1.4 Automático (2003)
- Motor: gasolina, dianteiro, transv., 4 cilindros, aspirado, 8 válvulas, 1.339 cm³, 83 cv a 5.700 rpm, 12,4 kgfm a 2.800 rpm
- Câmbio: automático CVT, 7 marchas simuladas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
- Freios: disco sólido (dianteira), tambor (traseira)
- Direção: elétrica, 9,6 m de diâmetro de giro
- Rodas e pneus: aço, 175/65 R14
- Dimensões: comprimento 3,83 m, largura 1,68 m, altura 1,52 m, entre-eixos 2,45 m, peso 1.014 kg, vão livre 15,0 cm, porta-malas 353 litros, tanque 42 litros

Ficha Técnica – Honda Fit EX/EXS 1.5 Flex Automático (2006)
- Motor: flex (etanol/gasolina), dianteiro, transv., 4 cilindros, aspirado, 16 válvulas, 1.496 cm³, 110/105 cv (etanol/gasolina) a 5.800 rpm, 14,8/13,7 kgfm (etanol/gasolina) a 4.800 rpm
- Câmbio: automático CVT, 7 marchas simuladas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
- Freios: disco ventilado (dianteira), tambor (traseira)
- Direção: elétrica, 9,6 m de diâmetro de giro
- Rodas e pneus: liga leve, 185/55 R15
- Dimensões: comprimento 3,83 m, largura 1,68 m, altura 1,52 m, entre-eixos 2,45 m, peso 1.067 kg, vão livre 15,0 cm, porta-malas 353 litros, tanque 42 litros

































