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Chevrolet Celta ainda é opção de carro usado bom, barato e confiável?

O Celta é robusto e econômico, mas peca no acabamento de baixa qualidade e nos problemas graves em alguns motores

Por Alexandre Ule Ramos
Atualizado em 13 nov 2023, 10h26 - Publicado em 4 jun 2023, 09h43
Celta LS
Celta teve duas reestilizações antes de se aposentar (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Estamos no fim dos anos 1990. A Fiat domina o segmento dos chamados carros populares. A GM precisa fazer alguma coisa. Surge, então, o projeto Blue Macaw ou “Arara Azul”, para os locais, desenvolvido para custar cerca de US$ 7.000 e assim ser mais barato do que o Fiat Uno, que saía por US$ 7.900.

Para ser barato, a Chevrolet se valeu da arquitetura do Corsa (plataforma, direção, suspensão…), lançado em 1994. A carroceria era nova, assim como o interior. E é aí que morava o problema, pois a qualidade dos materiais era realmente sofrível.

O lançamento foi em setembro de 2000 e já na estreia problemas foram detectados, como o posicionamento da coluna de direção, baixa demais e cujo volante interferia na visão do painel; e nas cordinhas da tampa do porta-malas, que ficavam para fora quando a tampa estava fechada.

Hatches compactos de entrada
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

A coluna perdeu um calço inexplicável, que a deixava mais baixa, o que suscitou o reposicionamento da peça mais para cima. E vários carros prontos tiveram de ser modificados. Já as cordinhas seguiram sem solução.

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No início, o motor era o 1.0 de 60 cv. Já em 2002 chega o VHC de 70 cv, assim como a carroceria de quatro portas. O 1.4 Energy vem em agosto de 2003 e, um ano depois, já como modelo 2005, as versões passam a ser Life, Spirit e Super. No meio de 2005, estreia o pacote off-road para o modelo, que nada tinha a ver com essa proposta aventureira.

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Celta LS
Acabamento era simples por dentro e por fora (Marco de Bari/Quatro Rodas)

O motor flex chega em junho de 2005 e em abril de 2006 é a vez da linha 2007, quando o carro foi reestilizado na dianteira, na traseira e no interior. Nesse mesmo ano-modelo se aposenta o motor 1.4, que nunca vingou. Em março de 2009, chega o motor VHCE de 78 cv. Na linha 2012: nova atualização visual e as versões passam a ser LS e LT. E, enfim, a produção do compacto se encerra em abril de 2015.

O Celta sempre sofreu com a qualidade de acabamento e o VHCE teve problemas de incompatibilidade do desenho dos pistões com o alumínio utilizado, o que em certas circunstâncias provocava a quebra do motor.

Hoje em dia, mesmo com os problemas crônicos e depois de tanto tempo fora de linha, o Celta é considerado uma espécie de “novo Fusca”, pela simplicidade mecânica, baixo custo de manutenção e seguro, além de peças facilmente encontradas.

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Celta
Interior do Celta LS modelo 2011 da Chevrolet, durante teste comparativo da Revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

É grande a quantidade de carros que pertenceram a locadoras, portanto o comprador deve ter atenção ao estado geral da unidade desejada. Encontrado o carro certo, o Celta custa relativamente pouco e é um ótimo companheiro para uso diário.

Principais problemas e defeitos do Chevrolet Celta

Radiador que vaza –  Primeiro de uma lista de problemas causados por falta de qualidade dos materiais empregados. O plástico que compõe o radiador resseca
e racha com o tempo, deixando o líquido de arrefecimento escapar.

Vazamentos de óleo – O lubrificante escorre pelas juntas do cárter e da tampa de válvulas, principalmente. Se não for notado a tempo, o problema pode trazer desgaste e até a quebra do motor por falta de lubrificação.

Vazamento de combustível – Esse sai pela flange da bomba sob o tanque ou pela mangueira de combustível no motor. Razão? Má qualidade dos materiais.

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Quebra do motor – Sob carga e em certas circunstâncias, o VHCE pode apresentar quebra, por uma incompatibilidade entre o desenho do pistão e o material empregado. Não foram poucos os propulsores que apresentaram esse
tipo de problema.

Infiltração de água – Causada em geral pelo dreno do ar-condicionado, que fica sob o painel, e que pode se soltar facilmente, como é possível ocorrer durante uma limpeza interna, por exemplo, ao se passar o aspirador.

O que dizem os donos do Chevrolet Celta?

Nome: Gabriel Passos de Araújo
Idade: 38 anos
Profissão: comerciário
Cidade: São Paulo (SP)

O que eu adoro:

“O carro é ágil, econômico e as peças são muito baratas. Precisei de um farol e custava R$ 100 na concessionária. Não acreditei, pois meu carro já é antigo, 2004, mas mesmo assim tinha a peça na revenda e era barata!”

O que eu odeio: “No meu já saiu óleo de tudo quanto é lugar. E não é só óleo, outro dia saiu gasolina em cima do motor, não sei como não pegou fogo. E os plásticos são todos ruins, passei a aliança sem querer no painel, riscou e não saiu mais.”

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Preço médio dos usados* (tabela KBB Brasil)

Usado Celta Tabela
(Reprodução/Quatro Rodas)

Preço das Peças – Chevrolet Celta

Usado Celta - Preço de peças
(Reprodução/Quatro Rodas)

Nós dissemos

Novembro de 2016  “Ganhou, em 2005, a possibilidade de receber o kit visual Off Road, que saía por nada convidativos
R$ 2.900 – o que tornou o modelo uma raridade pelas ruas. A versão era equipada com rodas diferenciadas, rack de teto, para-choques sem pintura, ponteira cromada e barra de proteção dianteira. Nenhum reforço mecânico era feito ‘por falta de necessidade’, segundo a marca.”

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