Porsche acelera desenvolvimento do substituto do Macan com motor a combustão
Apesar de ter boas vendas nos EUA e na Europa, o Macan elétrico não atingiu as expectativas e terá um par a combustão e híbrido

A Porsche é apenas mais uma entre tantas marcas a recalcular a rota quando o assunto é eletrificação. Se antes elas apontavam para um futuro elétrico, recentemente grande parte anunciou que voltará atrás e retomará o desenvolvimento de carros a combustão. É o que planeja a alemã de Sttutgart, que estaria acelerando os planos para o desenvolvimento de uma nova geração para o Macan a gasolina.
De acordo com o CEO global da marca, Oliver Blume, “o mundo está mudando drasticamente e, acima de tudo, de forma diferente do que se esperava há apenas alguns anos”. Para ele, isso influencia no “erro” de apostar todas as fichas nos carros elétricos. No caso da Porsche, a segunda geração do Macan tornou-se apenas elétrica e o futuro 718 também será elétrico.

Em números, Taycan e Macan têm vendido mais do que a concorrência na Europa, mas ainda muito abaixo do esperado – e abaixo do que vendiam seus equivalentes a combustão. Por isso, Blume afirmou recentemente, segundo divulgado pelo site Carscoops, que a marca terá um novo e mais variado portfólio a partir de 2028, sem abandonar os elétricos.
A maior expectativa é para o sucessor do Macan a combustão, que não estava nos planos iniciais da Porsche e poderá ser o primeiro modelo da nova rota. A novidade incluirá ainda uma versão híbrida e pode ser um terceiro modelo na gama de SUVs da marca, sem o nome Macan. É o que dá a entender Blume.

“Estamos acelerando o processo com tempos de desenvolvimento muito curtos e criando um Porsche muito, muito típico para este segmento, e também diferenciado do Macan elétrico”, apontou o executivo, deixando no ar que o modelo poderá ser inédito para diferenciar-se do Macan.
Ele não falou sobre o que acontecerá com os 718 Cayman e Boxster que, até agora, estão confirmados como elétricos. Os modelos foram adiados para 2027 por problemas no fornecimento de baterias, mas seria espantoso se o adiamento incluísse a adição de opções a combustão, já que o sentido em mantê-los abastecidos a gasolina é ainda maior do que o Macan.