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Pode isso? Estudo diz que carros clássicos poluem menos que elétricos

Documentos apontam que, além da grande emissão de poluentes na produção de carros novos, os antigos rodam menos

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jun 2022, 15h51
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  • Rodar com carros antigos é “menos prejudicial” ao meio ambiente do que com carros modernos, incluindo elétricos. É o que afirma um estudo divulgado pela Footman James, empresa britânica de seguros especializada em carros clássicos, que leva em consideração um uso geralmente mais restrito de clássicos.

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    Seguindo o estudo, restringir o uso de carros mais antigos seria um erro, já que eles poluiriam menos justamente por saírem menos das garagens. Carros mais modernos, por sua vez, são usados com maior frequência, gerando, assim, grande quantidades de gases nocivos. No caso dos elétricos, o grande vilão fica para a pegada de carbono elevada antes mesmo da produção – que levaria anos para ser compensada.

    “É fácil supor que os carros clássicos são mais prejudiciais simplesmente por causa de seus motores mais antigos e menos eficientes, no entanto, os dados deste relatório refutam essa teoria”, disse David Bond, diretor administrativo da Footman James.

    “É realmente sobre como esses veículos são mantidos e usados; é claro que enquanto novos carros modernos e elétricos podem parecer melhores para o planeta no dia-a-dia, o problema é o impacto que sua produção causa”, completa.

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    Fusca elétrico
    Caso a consciência pese, é possível converter seu clássico em elétrico, como o Fusca da FuelTech; veja aqui (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Um carro clássico médio no Reino Unido emite, de acordo com a Footman James, 563 kg de CO2 por ano, considerando uma rodagem média de 1.931 km dos proprietários deste tipo de modelo. É claro que modelos mais novos emitem menos gases poluentes, mas o volume acaba por ser maior quando considerada uma rodagem também maior.

    Essa lógica, obviamente, não funcionaria se o proprietário tiver apenas um carro antigo para seus deslocamentos. Não é o caso de sair vendendo carros novos para comprar antigos em nome do meio ambiente.

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    O relatório destaca a alta pegada de carbono (cálculo da emissão total de gases de efeito estufa em produção, uso e descarte de produtos) para os modelos novos. Ele sugere que um Volkswagen Golf emite 6,8 toneladas de CO2 durante sua produção. Um elétrico como o Polestar 2, por sua vez, tem impacto ainda maior: são 26 toneladas de CO2.

    Outros estudos já apontaram para a menor poluição de carros a combustão em comparação com elétricos, considerando aspectos em que os movidos a eletricidade ainda precisam evoluir para poluírem menos. Vale ressaltar, no entanto, que diversas fabricantes já anunciaram planos para reduzir as emissões em seus processos, como a BMW, que usa energia renovável para produzir o BMW iX.

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