Carros elétricos

IPVA 2026: confira a lista de estados com isenção para carros elétricos e híbridos

Benefício fiscal chega a 100% em alguns estados, mas São Paulo só aceita híbridos flex e Minas Gerais exige produção local; entenda as regras.

Por Nicolas Tavares
29 nov 2025, 09h46

Introdução

O IPVA 2026 para carros elétricos e híbridos traz alívio em 17 estados e no DF, mas as regras não são uniformes. Enquanto alguns dão isenção total, SP e MG impõem restrições polêmicas que beneficiam modelos específicos. Entenda o mapa dos descontos no país.
Principais Tópicos
- Cenário desigual: 17 estados e o Distrito Federal oferecem benefícios fiscais para veículos eletrificados, mas as regras variam drasticamente.
- A polêmica de São Paulo: A isenção vale apenas para carros híbridos flex de até R$ 250 mil, deixando os modelos 100% elétricos de fora.
- Regra protecionista em Minas: O benefício é exclusivo para veículos eletrificados que são fabricados no próprio estado.
- Onde a isenção é total: Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte são alguns dos locais que zeraram a alíquota para carros elétricos.
- Como obter o desconto: Na maioria dos casos, o benefício é automático, mas em estados com regras específicas, pode ser necessário um cadastro na Secretaria da Fazenda.
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Resumo gerado por ferramenta de IA treinada pela redação da Editora Abril.

A chegada do calendário de pagamento do IPVA 2026 traz um alento para parte dos proprietários de veículos eletrificados. Atualmente, 17 estados brasileiros (mais o Distrito Federal) oferecem algum tipo de benefício fiscal para carros elétricos ou híbridos no próximo exercício.

No entanto, o cenário está longe de ser uniforme. Enquanto algumas unidades da federação zeraram completamente a alíquota para incentivar a descarbonização da frota, outras impõem “pegadinhas” técnicas, tetos de preços ou condicionam o benefício à produção local — caso de Minas Gerais.

A situação mais complexa é a de São Paulo, que traz regras inéditas e polêmicas.

Toyota Corolla Altis Hybrid (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O “caso” São Paulo: híbrido pode, elétrico não

A grande novidade para o IPVA 2026 em São Paulo é a regulamentação da isenção para veículos “menos poluentes”, mas com critérios que excluem a maioria dos importados.

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Para ter direito à isenção total no estado paulista, o carro precisa cumprir três requisitos simultâneos:

Ser híbrido (motor a combustão + elétrico) movido a etanol ou flex;
Custar até R$ 250.000 (valor de nota fiscal ou tabela Fipe);
Ter motor elétrico com potência mínima de 40 kW e sistema de tensão igual ou superior a 150 V.

Na prática, isso beneficia modelos híbridos flex nacionais, mas deixa de fora os carros 100% elétricos (BEVs), que continuarão pagando a alíquota cheia de 4% no estado — a menos que sejam registrados na capital, onde existe o reembolso parcial da cota da prefeitura (limitado a cerca de R$ 3.300).

Também descarta modelos que usam sistemas híbridos leve com a Fiat, que usam um motor-gerador abaixo de 40 kW e a tensão fica entre 12V e 48V. Na prática, somente os Toyota Corolla e Corolla Cross recebem a isenção, por serem os únicos híbridos flex do país.

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Fastback_Impetus_Hybrid_0016 — Fiat Pulse e Fastback híbridos (MHEV) (Divulgação/Fiat)

Rio de Janeiro e Minas Gerais

No Rio de Janeiro, a política é mais ampla, mas não total. Carros 100% elétricos pagam apenas 0,5% de alíquota. Já os híbridos têm tributação de 1,5%. É uma redução considerável frente aos 4% cobrados de veículos a gasolina no estado.

Em Minas Gerais, a isenção é protecionista: apenas veículos elétricos ou híbridos fabricados no estado têm direito ao benefício. Atualmente, isso restringe a isenção aos Fiat Pulse Hybrid e Fastback Hybrid produzidos em Betim, deixando a vasta maioria dos eletrificados (importados ou montados em outros estados) com a tributação normal. A regra impede até mesmo que outros carros do grupo Stellantis, como Peugeot 208 Hybrid e 2008 Hybrid recebam a isenção.

BYD Dolphin Mini 2026 — – (Fernando Pires/Quatro Rodas)

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Onde a isenção é total (100%)?

A vida é mais fácil para o proprietário de elétrico no Nordeste e no Sul. O Distrito Federal mantém sua política de alíquota zero para elétricos e híbridos. O Rio Grande do Sul isenta totalmente os elétricos, assim como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

A Bahia também concede isenção, mas com um teto: o veículo não pode custar mais de R$ 300.000. Acima disso, paga-se o imposto integral.

Como é a isenção de IPVA 2026 em todos os Estados do Brasil:

Acre (AC): Isenção para elétricos e híbridos.
Alagoas (AL): Isenção total no primeiro ano (veículo novo); depois, alíquotas reduzidas.
Bahia (BA): Isenção para elétricos até R$ 300.000.
Ceará (CE): Alíquotas progressivas (começou baixa e sobe gradualmente até atingir o teto em 2026/27).
Distrito Federal (DF): Isenção total (100%) para elétricos e híbridos.
Espírito Santo (ES): Alíquotas reduzidas para a categoria.
Maranhão (MA): Isenção total para 100% elétricos; híbridos têm alíquota de 2,5%.
Mato Grosso do Sul (MS): Desconto de 70% na base de cálculo (paga-se 30% do imposto devido).
Minas Gerais (MG): Isenção apenas para veículos produzidos no estado (ex: híbridos Stellantis locais).
Pará (PA): Isenção para elétricos.
Paraíba (PB): Isenção total para elétricos; híbridos têm desconto.
Paraná (PR): Isenção automática foi revogada em 2024, mas para 2026 há previsão de alíquota reduzida (1,9%) em pauta.
Pernambuco (PE): Isenção total para 100% elétricos.
Piauí (PI): Alíquotas diferenciadas para elétricos.
Rio de Janeiro (RJ): 0,5% para elétricos; 1,5% para híbridos.
Rio Grande do Norte (RN): Isenção total para elétricos.
Rio Grande do Sul (RS): Isenção total para elétricos.
São Paulo (SP): Isenção apenas para híbridos flex/etanol até R$ 250 mil; elétricos pagam 4%.

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Como obter o desconto

Na maioria dos estados (como RS e DF), a isenção é automática, cruzada pelo Renavam. Contudo, em estados com regras de teto (BA) ou especificações técnicas (SP), pode ser necessário o cadastramento prévio ou validação junto à Secretaria da Fazenda local. O contribuinte deve consultar o site da Sefaz de seu estado antes de pagar o boleto integral.