Carros elétricos

DS Nº8 é crossover elétrico e será o principal modelo de luxo da Stellantis

Marca francesa revela seu primeiro carro feito sob a plataforma STLA Medium, tendo até 375 cv e um acabamento refinado para concorrer no segmento premium

Por João Vitor Ferreira
16 dez 2024, 10h59

Em 2009 a DS Automobiles foi criada como a divisão de luxo da Citroën, mas antes mesmo da formação da Stellantis, ambas se separaram, tornando a DS a quinta marca do grupo PSA. A junção veio e, agora, a DS continua no segmento dos carros de alto padrão e aproveita as novas tecnologias do conglomerado europeu para desenvolver seus próprios projetos.

O mais novo deles é o DS Nº8, um crossover cupê elétrico que estreia a plataforma STLA Medium da Stellantis dentro da marca. Além dele, modelos como os Peugeot 3008 e 5008, e o Citröen C5 Aircross também são desenvolvidos sob a mesma arquitetura, porém todos são híbridos. O DS Nº8 também dará origem a um ‘carro irmão’, o Lancia Gamma, que deve ser lançado em 2026.

Seu design é o cartão de visitas para a sua elegância. Na dianteira, temos elementos verticais que ajudam a dar forma para a grade — fechada, como em todo elétrico. Os DLRs também são verticais e até lembram as “presas de leão” que a Peugeot usou nos 208 e 2008 pré-facelift. Para fechar, os faróis principais são bem finos e o capô traz uma pintura em dois tons, com a parte preta se estendendo para o teto e indo até a traseira.

A traseira é volumosa e encorpada. O para-choque é alto e avança para o porta-malas, que não é pequeno, tendo 612 L de capacidade. Já as luzes seguem o padrão dos faróis, com uma peça superior fina e horizontal e um anexo vertical.

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As medidas do Nº8 são generosas e o farão disputar no segmento dos SUVs/crossover grandes da Europa. Ao todo, são 4,82 m de comprimento, 2,90 e entre-eixos, 1,58 m de altura e 1,90 de largura. As rodas têm 21’’ e dão uma postura mais esportiva ao carro. Apesar de ser o carro-chefe da DS, ele é cerca de 12 cm menor do que o sedã Nº9.

Por dentro, o modelo consegue ser ainda mais elegante. A DS não economizou e deu lago três opções de acabamento para a cabine: preto, bege claro ou marrom. O estofamento utiliza couro Nappa e Alcantara, sempre feitos com material reciclável. Há até a possibilidade de incluir um teto solar panorâmico de vidro laminado e com tratamento infravermelho.

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Tudo no interior é bem minimalista e simples. O volante tem quatro raios e traz comandos discretos nas laterais. O mesmo vale para o console central, com uma alavanca de câmbio “escondida” e botões sensíveis ao toque. As telas são separadas, mas tem bom tamanho, com o quadro de instrumentos tendo 10,25’’ e a central multimídia 16’’.

Para completar, o Nº8 traz alguns detalhes especiais para sofisticar sua cabine. Por exemplo, a iluminação ambiente que se une e acentua as inserções no console. Já as portas, incorporam os alto-falantes do sistema Electra 3D da Focal.

Sobre a motorização, o Nº8 estará disponível com um ou dois motores elétricos. No primeiro caso, a tração será dianteira e as opções são de 230 cv ou 245 cv, ambas com uma função que libera mais 30 cv temporariamente. Acima deles há a versão com dois motores e tração integral, que entrega 350 cv combinados ou 375 cv com a função boost ativada.

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Em sua forma mais potente — ou seja, com dois motores e mais a função boost — o tempo de 0 a 100 km/h declarado pela DS é de 5,4 s. Porém, todas as versões terão a velocidade máxima limitada em 190 km/h.

Por fim, serão duas opções de baterias: uma de 74 kWh e outra de 97,2 kWh. No geral, elas oferecem até 572 km e 750 km de autonomia, respectivamente. Porém, o alcance máximo do modelo AWD é de 686 km, caso seja equipado com a bateria maior. Ambas são compatíveis com carregamento DC de até 200 kW, graças a sua arquitetura de 400V. Isso significa que o carregamento de 20% a 80% pode ser feito em até 27 minutos.

O DS Nº8 ainda não tem um preço definido nem uma data certa para estrear, mas sabemos que será na metade de 2025. Outra informação é que a empresa irá mandar um carregador doméstico de brinde, já que ela espera que a maioria dos carregamentos sejam feitos em casa ou no trabalho.