BMW X5 M e X6 M marcam entrada da Motorsport no universo dos híbridos
O X5 M Competition e o X6 M Competition são os primeiros carros da divisão esportiva da BMW a trazerem mecânica híbrida e chegam até julho nos EUA
Há alguns dias, os BMW X5 e X6 estrearam uma reestilização discreta, mas significativa. Agora, é a vez das versões esportivas M apresentarem suas novidades, que vão além dos modelos convencionais — incluindo pioneirismo na estreia.
O X5 M Competition e o X6 M Competition são os primeiros carros da divisão esportiva da BMW a trazerem mecânica híbrida. Ambos com eletrificação leve, fornecida por um motorzinho que dá um “gás” de 12 cv e 20,4 kgfm ao conjunto. Mais do que números, entretanto, ele é responsável por realçar características esperadas de um carro da divisão M; principalmente respostas rápidas e comportamento agressivo.
Mas é claro que o grande protagonistas do conjunto de 634 cv e 76,5 kgfm é o motor V8 4.4, com dois turbocompressores que levam os dois utilitários de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 s, com 0 a 200 km/h em menos de 14 s. A velocidade máxima pode chegar a 290 km/h, com instalação de opcionais.
O V8 recebeu extenso trabalho da engenharia da BMW, que instalou virabrequim reforçado, turbos mais próximos dos dutos de escape e com válvula de alívio controlada eletronicamente, novo duto de admissão e cárter de plástico, a fim de economizar peso.
A lista de melhorias é extensa, incluindo ainda mecanismos que garantem circulação ideal do óleo mesmo sob intensa força G, sistema de arrefecimento mais eficiente e, claro, escapes duplos que, com abertura eletrônica, são capazes de alternar o ronco dos esportivos entre um ruído comportado e o rugido que deixa claro o que vai sob o capô, bastando ao “piloto” escolher o modo de condução na cabine (que, por sinal, recebe o barulho do V8 com o mínimo de isolamento possível).
A transmissão automática de oito marchas também foi modificada, incluindo relações mais curtas nas três primeiras marchas a fins de maior agressividade. Ao contrário dos X5 e X6 comuns, a alavanca de câmbio foi mantida no console central, e é útil para trocar rápidas e fluidas, favorecidas por minúcias que incluem até suporte mais eficiente do câmbio automático.
Completando os atributos mecânicos, há tração integral com diferencial de deslizamento limitado, controle de tração “dez vezes mais rápido que sistemas convencionais, reforço estrutural da carroceria, amortecedores adaptativos eletromagnéticos e até seleção de modos de resposta dos freios.
Estilo
Em termos estéticos, a dupla traz basicamente o que já havia sido apresentado na reestilização da linha, com faróis mais lineares e para-choques com formas mais simples e marcadas. A adição de elementos esportivos M é funcional, incluindo maior entrada de ar para o V8.
Mas vai pouco além disso: por fora, as mudanças visuais ainda incluem rodas exclusivas de aro 21 ou 22, grade em preto (e de tamanho menos polêmico) e sutis máscaras nas lanternas.
Por dentro, estreia a nova tela curvada que vem dominando os modelos da BMW e junta, sob a mesma moldura, o quadro de instrumentos de 12,3’’ e a central multimídia de 14,9’’.
Há uso de fibra de carbono legítima em partes da cabine e nas borboletas do volante e couro Merino, que reveste portas e bancos.
Preço
Nos Estados Unidos, o BMW X5 M estreará por US$ 123.925, sem levar em conta os vastos opcionais; o mesmo vale para o BMW X6 M, que custará US$ 128.195. Ambos estreiam no meio do ano na América do Norte.
No Brasil, é provável que tenhamos à venda em algum momento o X6 M, com preço que deve ir além de R$ 1 milhão.