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VW Golf GTI (MK3) marcou a estreia do hatch no Brasil contra Tipo e ZX

Maior e mais refinada, a terceira geração do Volkswagen Golf marcou época no mercado brasileiro

Por Felipe bitu | Fotos Fernando Pires
Atualizado em 12 jul 2022, 10h32 - Publicado em 10 jul 2022, 10h29

Obra do italiano Giorgetto Giugiaro, o Golf iniciou uma nova fase da Volkswagen ao suceder o Fusca, em 1974. Ficou maior e mais espaçoso com a segunda geração, em 1983, sucesso que resultaria em 10 milhões de unidades produzidas em 1988.

Apresentada em 1991, a terceira geração (Tipo 1H) marcou a suavização do estilo angular com linhas aerodinâmicas e faróis ovalados.

Redesenhado, agora por um alemão, Gert Volker Hildebrand, o Golf III foi o primeiro a abandonar a tradicional grade dianteira preta e seus faróis redondos. Apesar de um pouco maior (4,07 metros), era consideravelmente mais pesado que o antecessor, priorizando a segurança dos ocupantes com reforços estruturais no monobloco e barras de proteção nas portas.

Golf GTI Mk3
A larga coluna C é uma das marcas registradas do hatch alemão (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Também foi a primeira geração a oferecer airbags dianteiros e uma versão perua, a Golf Variant. O sedã de três volumes continuou a se chamar Jetta menos na Europa, mercado onde foi rebatizado como Vento.

A nova plataforma também serviu para atualizar o Golf Cabriolet, ainda produzido com base no Golf de primeira geração. O monobloco mais rígido facilitou o trabalho das suspensões, mantendo o sistema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira.

Golf GTI Mk3
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

As versões CL, GL, GT e GT Special eram impulsionadas por motores com 1,4 a 1,8 litro de cilindrada, mas uma parcela considerável do público optou pelo motor diesel de 1,9 litro, com ou sem turbocompressor.

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A versão esportiva GTI tinha sempre motor de 2 litros, 8 válvulas e 115 cv. Sua suspensão 1,5 cm mais baixa e barras estabilizadoras de maior diâmetro melhoravam sua estabilidade sem comprometer o conforto.

A direção mais comunicativa era resultado de alterações na assistência hidráulica. E os freios eram a disco nas quatro rodas.

Golf GTI Mk3
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O ápice do desempenho ficava com a versão VR6, um V6 de 2,8 litros com apenas 15o entre as bancadas, tão compacto que utilizava um único cabeçote: seus 174 cv o levavam aos 225 km/h.

A aceleração de 0 a 100 km/h levava 7,6 segundos, graças a um controle de tração integrado ao sistema de freios ABS. As rodas com cinco parafusos eram um charme à parte.

Tantos atributos deram ao Golf III o título de Carro do Ano na Europa em 1992, superando concorrentes como Fiat Tipo, Ford Escort, Opel Astra e Citroën ZX.

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Golf GTI Mk3
Interior trazia materiais biodegradáveis e um padrão de acabamento superior ao dos VW nacionais (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O problema é que os fãs da versão GTI estavam insatisfeitos: apesar do coeficiente de arrasto aerodinâmico de apenas 0,30 o Golf III era muito pesado para os números de torque e potência do motor de 2 litros.

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Foi esse GTI que nós conhecemos em 1994: importada do México, a versão esportiva foi o primeiro passo do Golf no mercado nacional, escancarando o abismo que havia entre um projeto alemão e os VW produzidos no Brasil.

Com fluxo cruzado, bloco mais alto e bielas mais longas, o motor de 2 litros tinha uma suavidade muito superior à do brasileiríssimo Gol GTI.

Golf GTI MK3
(FErnando Pires/Quatro Rodas)

Acelerando de 0 a 100 km/h em 11,04 segundos e atingindo a máxima de 185,3 km/h, o GTI mexicano não fez feio frente a concorrentes como Chevrolet Kadett GSi e Ford Escort XR3, mas deixava muito a desejar quando comparado a outros importados como Citroën ZX Volcane 16V, Renault 19 16V e o imbatível Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole.

Em outros mercados o GTI recebeu um novo cabeçote com duplo comando e quatro válvulas por cilindro. Consideravelmente mais potente, o GTI 16V oferecia 150 cv a 6.000 rpm, potência suficiente para levá-lo aos 215 km/h de velocidade. Com o mesmo controle de tração do VR6 ele precisava de apenas 8,1 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

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Golf GTI MK3
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O VR6 logo recebeu a opção de um câmbio automático de quatro marchas e em 1994 teve sua cilindrada ampliada para 2,9 litros. A potência saltou para 190 cv, agora enviados às quatro rodas graças ao sistema de tração integral Syncro.

Em 1995, todas as versões passaram a ter os para-choques pintados na cor da carroceria e o airbag passou a ser um item de série.

Pouco antes do encerramento de sua produção, o Golf III recebeu avanços importantes como airbags laterais e um novo sistema de freios ABS. Cerca de 4,8 milhões de unidades foram produzidas na Alemanha, México, Bélgica, Eslováquia e África do Sul, pavimentando o caminho para outro sucesso alemão: o Golf IV.

Golf GTI Mk3
O cabeçote com fluxo cruzado de gases era inédito nos motores VW de 2 litros, tão suave que poucos sentiram a falta de 16 válvulas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ficha Técnica –Volkswagen Golf GTI

Motor: transversal, 4 cilindros em linha, 1.984 cm3, alimentação por injeção eletrônica
Potência: 114 cv a 5.400 rpm
Torque: 16,8 kgfm a 3.200 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas, tração dianteira Carroceria: aberta, 2 portas, 5 lugares
Dimensões: comprimento, 402 cm; largura, 169 cm; altura, 142 cm; entre-eixos, 247 cm; peso, 1.115 kg; pneus, 185/60 R14

Teste Quatro Rodas

Quatro Rodas 405
(Reprodução/Quatro Rodas)

Abril de 1994
ACELERAÇÃO: 0 a 100 km/h: 11,04 s
VELOC. MÁX.: 185,3 km/h
CONSUMO: 12,68 km/l
PREÇO: US$ 27.900 (R$ 259.749)

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